sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Ponto de Viragem

ALICE
Porque é que fizeste isto?

ANNA
Eu apaixonei-me por ele, Alice.

ALICE
Isso é a frase mais estúpida que há no mundo. "Apaixonei-me". Como se não pudesses fazer nada contra isso. Há um momento, há sempre um momento em que nós podemos fazer qualquer coisa, podemos ceder ou podemos resistir. Não sei quando é que isso aconteceu contigo, mas aposto que aconteceu.

ANNA
Sim, aconteceu.

Este diálogo entre duas mulheres, a primeira traída pelo namorado com a segunda, foi retirado da peça de teatro Closer, escrita por Patrick Marber.
Foi o último livro que li, acabei de lê-lo hoje de manhã, no comboio. Comprei-o este ano, na Feira do Livro, na banca de um alfarrabista.
Levado ao cinema, com a Natalie Portman no papel de Alice, Julia Roberts como Anna, Jude Law na pele de Dan e Clive Owen interpretando Larry, Closer foi um filme quem me marcou e que ainda hoje vejo com o mesmo interesse. Está, provavelmente, na minha lista "Top 10" de filmes (ora aí está uma lista que ainda não fiz...). Gosto sobretudo pela densidade e realismo das personagens, as suas vidas banais, semelhantes às nossas, os mesmos medos e angústias. Gosto porque nos coloca em confronto com o nosso próprio interior, com aquilo que somos, o que queremos e o que estamos dispostos a fazer para o alcançar, neste caso concreto no universo dos relacionamentos amorosos.
Esta cena entre Alice e Anna é tão crua. Eu própria penso assim, revejo-me naquelas palavras: "há sempre um momento em que podemos fazer qualquer coisa". É verdade! Há sempre um ponto de viragem, todos nós o sabemos, cá dentro. E quem não sabe, é porque ainda não se descobriu, não se conhece...
Em todos os meus relacionamentos, ou nos que nem chegaram a existir, houve sempre esse momento, em que nos atiramos ou não para o abismo. Acho que me lembro de todos eles (também não foram assim tantos!). Lembro-me das vezes em que avancei e apaixonei-me e de outras em que dei o passo atrás.
Acredito que sim, que há sempre escolha, não somos inocentes e é bom que saibamos o que queremos, porque os erros pagam-se caro e com a pior das moedas, o sofrimento.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Vida Secreta das Palavras

Há uns anos vi este filme, A Vida Secreta das Palavras. Contava a história de um homem que perde a visão num acidente numa plataforma petrolífera. Há então uma mulher que vai cuidar dele, durante o tempo de recuperação. Entre os dois cria-se uma relação natural, sem as purpurinas típicas do cinema comercial.
Mas o que mais relembro do filme é mesmo o título, bem mais interessante na nossa tradução do que no original, apesar de ser exactamente igual, The Secret Life of Words. Não sei porquê, mas em português soa tão bem! A Vida Secreta das Palavras, parece até que estou a imaginá-las, a voar pelo céu, à transparência, quase imperceptíveis ao olho humano.
Ui... Hoje estou um bocado out...
Mas tudo isto me veio à ideia por causa do meu gosto pela leitura, que já aqui referi várias vezes. E este título tem tudo a ver com a magia dos livros. De facto, podemos acreditar que as palavras têm uma vida secreta e que inspiram os escritores a desenvolver determinada história... Será? É irrealista, eu sei, mas ao mesmo tempo tem a sua beleza.
Acabei recentemente de ler A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, que é uma daquelas histórias que nos prende do princípio ao fim, apesar da má tradução (mais vale ler o original, em espanhol)! É um livro sobre outro livro e sobre essa magia que a literatura, feita toda ela de palavras, é capaz de operar nas nossas vidas, entranhando-se em nós, moldando as nossas escolhas e decisões.
Também com este livro senti as inquietações de temer por uma personagem, pelo seu futuro, como se de pessoas reais se tratassem. Pode parecer ridículo, mas andei durante semanas a evitar ler o final do terceiro e derradeiro volume de O Senhor dos Anéis, simplesmente por pensar que o Frodo ia morrer e eu recusava-me a compactuar com esse fim. A solução que arranjei foi ler as últimas páginas. Foi assim que percebi que ele sobrevivia a uma missão que eu supunha ser impossível e consegui afastar aquela angústia que me consumia e acabar, tranquilamente, de ler o livro.
A verdade é que vivo as histórias com muita intensidade, componho as personagens e os cenários na minha cabeça e só assim é que consigo agarrar-me à história, por vezes, em demasia. Mas é tão boa aquela sensação de não conseguir parar de ler, ou então esperar ansiosamente pela hora de almoço ou pelo final do dia para poder voltar a pegar no livro e descobrir a vida secreta das palavras que nele habitam!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma Profissão de Sonho... Para alguns homens!

Nos últimos dias, várias situações têm-me deixado a pensar no que me parece a profissão de sonho para grande parte dos homens...

Situação nº1
Na sexta-feira, depois da noitada, fui com a I. aos bolos. Ou seja, a uma padaria que vende para fora durante a madrugada, excelente para repor as calorias perdidas na pista de dança. Quando estávamos a sair, vinham dois sujeitos numa carrinha e chamam-nos da seguinte forma: "Oh Xuxu... Xuxuuu!...". Eu comentei: "Será que eles acham mesmo que nós vamos olhar para dois gajos que nos chamam xuxu?!". Ao que a I. respondeu: "Eu acho que é algo que lhes está no sangue, eles sabem que não vamos olhar, mas têm de o fazer na mesma, é quase uma questão de afirmação!"

Situação nº2
No dia seguinte, estou eu a ver o Sexo e a Cidade, naquele episódio em que a Miranda já não tem sexo há três meses, e há um trolha, à porta do clube de vídeo constantemente a meter-se com ela, com aqueles piropos bem parvos, do tipo: "I know what you want... I have what you want...". Ao fim de meia dúzia de dias a levar com aquela conversa, ela não é de modas, vai direito a ele diz-lhe "What I want is to get laid, what I need is to get laid...", ao que ele responde, "Calm down lady, I have wife and kids!"... Simplesmente delicioso, e mais um indício de que este tipo de parvoíces sai da boca dos homens de forma automática.

Situação nº3
Hoje de man
hã, enquanto esperava pelo comboio numa estação da linha de Sintra que está a ser totalmente remodelada e onde há obras por todo o lado, discorri então aquilo que todos os homens portugueses gostariam de ser (ou pelo menos assim suspeito)...

E a profissão de sonho para uma boa parte do homens é... TROLHA!
Os homens, em geral, ficam fascinados a olhar para umas quaisquer obras, e quanto maiores estas forem, mais maravilhados eles ficam! É vê-los, de mãos atrás das costas e barriga empinada para a frente a observar ao detalhe todos os movimentos de gruas, camiões, retro-escavadoras, e até mesmo cada passo dado pelos operários da construção civil.
Na estação onde habitualmente apanho o comboio, enquanto as mulheres lêem o Destak (porque é o único jornal gratuito ali distribuído), o sexo oposto olha maravilhado para o enorme buraco (será que é porque se trata de um buraco?...) que ali está a ser feito, a par de um parque de estacionamento de cinco mil andares, e com um rampa mais angulosa do que a do parque subterrâneo do El Corte Inglés...
Além disso, trabalhar nas obras tem outras benesses que mais nenhum trabalho oferece condições como:
- poder mandar piropos, desde os mais engraçados aos mais bregas e ordinários;
- trabalhar de tronco nu em pleno centro da cidade em dias de calor tórrido, como hoje;
- emborcar cervejas ao almoço como se não houvesse amanhã (e poderá não haver mesmo, já que há fortes possibilidades de caírem dos andaimes devido ao estado de embriaguez);
- "comerem" com os olhos qualquer mulher que passe na rua (não é que os outros homens não o façam, sobretudo, e mais uma vez, em dias de calor como o de hoje em que vale tudo menos usar calças ou qualquer coisa que se situe abaixo dos joelhos, mas cai mal... Nos trolhas também, mas é tão banal que já quase nem ligamos);
- passar o dia inteiro a fazer demonstrações de força, levantando pesos,
- e finalmente, "brincar" o dia inteiro aos legos e construir algo que é realmente visível aos olhos de todos.

Conclusão
Claro que nem todos os operários das obras correspondem a esta descrição, e a verdade é que têm um trabalho fundamental na nossa sociedade de betão armado.
Como dizia uma música da Rua Sésamo, sobre um trabalhador da construção civil, que podia ter sido tudo o que quisesse, inclusivamente Presidente da República: "Podia. Podia. Mas não ia dar... Quem é que martelava? Quem é que martelava? Alguém de martelar!".
Ora aí está uma verdade de La Palisse! Alguém tem de martelar!

Momentos Insólitos num fim-de-semana quente

Ainda na ressaca de um autêntico fim-de-semana de Verão, acabo de ler um email que o meu Mr. Big me enviou ontem à noite. É, sem dúvida, a melhor forma de começar a semana!
Mas deixem-me contar-vos o que andei a fazer... Na sexta-feira tive a sorte de ir parar a um dos sítios mais "sofisticados, modernos e restritos" de Lisboa: o Silk. Isto é o que se pode ler no site deste "Club" e pareceu-me corresponder totalmente ao que observei por lá. No sexto e último andar de um prédio na fronteira entre Chiado e Bairro Alto há um espaço que poucos conhecem. Falo por mim, que já tinha ouvido falar vezes sem conta no Silk e que passo quase diariamente em frente ao dito edifício sem imaginar que ali se esconde aquela pequena maravilha da vida nocturna lisboeta. Lá em cima, no terraço, tem-se uma das melhores vistas da cidade, arrisco-me a dizer que consegue ser melhor do que a do Bairro Alto Hotel, ali a poucos de distância. Olhamos para um lado e vemos o Castelo, viramo-nos para o outro e lá está a Ponte 25 de Abril... Mesmo no interior do Silk continuamos a usufruir daquela vista privilegiada, graças às paredes que não são mais do que vidros.
É chegado o primeiro momento insólito do fim-de-semana: passa um casal por nós, ela alta e vistosa, ele mais baixo e barrigudo. A I., sempre atenta a tudo o que é estranho, vira-se par mim e diz: "Aquela gaja tem uma peruca". Eu já só a vi de costas, como tal, não pude dar a minha opinião, mas realmente aquele cabelo estava muito perfeitinho... Passado um bocado, a I. diz-me: "Aquela gaja é um homem", aí tive de olhar... Sim, era um homem, mãos grandes, pés grandes, nariz grande... Mesmo assim, aquele homem, metia-me a mim a um canto... E o seu baixinho barrigudo parecia estar bem feliz da vida!
Obrigada ao amigo V., que nos levou lá, graças às suas "connections", e que já se prontificou a marcar uma nova ida quando o meu Mr. Big regressar à Grande Alface.
O amigo V., por sua vez, decidiu cortar o cabelo à D'Artagnan e está todo giro. O melhor é ver como um "simples" corte de cabelo lhe deu tanta auto-confiança e as miúdas já não tiram os olhos dele! Ainda me lembro de quando ele me pediu para lhe enviar fotos de cortes que lhe ficassem bem. Mandei-lhe umas quantas imagens do Brad Pitt e de outros actores com cortes engraçados e modernos, ao que ele respondia: "Achas que o meu cabelo dá para fazer isto?!". Como vês, dá mesmo, e fica-te tão bem!
Sábado... Lanza total... Depois da noitada anterior, andei o dia todo a arrastar-me pela casa, entre sonecas e episódios de "Sexo e a Cidade". Ao fim do dia, fui jantar peixinho grelhado a casa dos P. e por lá fiquei até às tantas, cabeceando com o sono...
Domingo, com o Sol e o calor, nada melhor do que um dia de piscina. Entre banhos de água e de Sol, pausas para café e minis, passou a tarde foi passando... Depois do jantar, um belo arrozinho de pato, ficámos na conversa...
Chega então o segundo momento insólito do fim-de-semana... Alguém se lembra de que tem vontade de comer algo doce. A minha amiga I. vai logo buscar o cesto dos rebuçados do irmão mais novo e tira também um caramelo para si. Entretanto, vejo-a na casa-de-banho a fazer qualquer coisa em frente ao espelho... Quando regressa à cozinha, vem a rir-se com uma coisa na mão: um dente! A primeira mordida no caramelo trouxe agarrado um dente que lhe estava preso ao maxilar por um parafuso e que ela já nem se lembrava... Resultado, a esta hora deve ela estar sentada na cadeira do dentista a tentar resolver a situação.
Foi assim que dois momentos insólitos marcaram o início e o fim deste fim-de-semana...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Jantar mauzito, mas companhia muito boa!

Ontem foi noite de jantar de babes, noite de cusquices e risota, claro!
Quanto ao jantar em si, o sushi estava uma treta... Sendo aquilo um buffet, convém que vão repondo a comida, senão a pessoa paga o mesmo e passa fome! Uma falta de variedade chocante! Demoraram mais de dez minutos para me trazerem a bebida e tive de voltar a pedir porque já se tinham esquecido... Deixaram acabar as tigelinhas para colocar o molho de soja e o wasabi, tivemos de esperar que as fossem lavar...
O pior é que sempre que lá vamos, na hora de pagar, a empregada trata-nos de uma maneira tão desconfiada e antipática que parece que estamos a tentar enganá-la! Ora, se ela não percebe o dinheiro português, então aprenda! Não tem é de ser mal-educada com os clientes, ou habilita-se, por muito barato que seja o sushi, a perder a freguesia...
Enfim... Embora esteja aqui a desabafar, sei que vou continuar a ir lá, afinal de contas, acaba por ser o ponto de encontro das babes! E mesmo com um serviço de péssima qualidade, passamos ali momentos muito divertidos!

Obrigada às Babes pela noite memorável (pelo sim pelo não, tentei gravar na minha memória cada expressão vossa)!
E já que estamos em tempos de mudança, umas por uns motivos, outras por outros, brindemos a isso mesmo:
À Mudança!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

E aqui estão as fotos!! - Parte 2, My Stuff

A minha mala nova, comprada em saldos...
Tão bonita, no seu trono de almofadas às riscas...

O meu casaquinho novo, comprado também em saldos...
De corte evasé, com umas preguinhas a partir da cintura e manga balão, muito fofo!

As minhas maravilhosas sandálias...
O salto é compensado, em cortiça.

E os meus lindos All Star...

E aqui estão as fotos!! - Parte 1, a Sala

A famosa Parede das Riscas e um dos Candeeiros lindos...


Para quem ainda não sabe, estas riscas foram pintadas por mim,
e deram uma trabalheira dos diabos!
Dois dias andei eu de volta da parede,
demorei menos tempo a pintar toda a sala de branco...

O outro Candeeiro lindo (de pé alto) e o Varão com os Cortinados...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quarta-feira: dia de Time Out!

Quarta-feira é dia de ritual: aproveitar a hora de almoço e ir para a beira-rio, no Cais do Sodré, ler a minha querida Time Out!
Até porque tendo como tema de capa os Bares de Praia, só apetece mesmo lê-la ao ar livre!
Bem bom!
Agora, é aproveitar os fins-de-semana para visitar alguns! Porque férias, este ano, está difícil...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Fotos para breve?...

No domingo passado, depois de ir levar o meu Mr. Big ao aeroporto, voltei para casa e como não tinha grande coisa para fazer, pus-me a tirar fotografias a algumas das coisas de que já aqui falei, nomeadamente, a parede das riscas, os nossos maravilhosos candeeiros da loja do Gato Preto, cortinas da sala juntamente com o piano, as minhas sandálias Aerosoles e os meus All-Star, ambos vindos directamente dos States, o meu casaquinho novo comprado nos saldos da Zara e a malinha igualmente nova e adquirida nas promoções da Benetton.
Agora só falta passá-las para o computador e, quem sabe, publicá-las aqui um dia destes...

Jantar das ex-"Babes GCI"!

Quinta-feira será noite de jantarzinho de Babes! Após várias semanas sem lhes pôr a vista em cima, vou finalmente matar as saudades que tenho delas. As ex-GCI Babes voltam a reunir-se! Agora, que todas nós seguimos caminhos distintos, é tempo de partilhar experiências e objectivos, ao sabor de uma bela sushizada!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Dou Graças" pelos serões de domingo!

Domingo, dia de partida do meu Mr. Big para mais três semanas de “exílio” nos States. A cada temporada vai-se tornando mais difícil de aguentar, os dias parecem intermináveis quando ele está fora.
Compensam-me os amigos, que me recebem sempre de portas abertas, contribuindo em muito para que o tempo passe mais depressa.
É o caso da família P., cujos serões de domingo já começam a tornar-se aquilo que Barney Stinson, da série How I met your Mother, How I chamaria de “legendary”. As noites de domingo são sinónimo de jantares que se prolongam até altas horas, com comida que nunca mais acaba, normalmente grelhados, que é o que sabe bem no Verão. À volta da mesa, cada vez maior, reunem-se não só os membros oficiais da família P., mas também os P. honorários, onde eu e o Mr. Big nos incluímos, com grande honra.
Estes jantares de Verão são propícios a longas conversas, colóquios onde se vão desenrolando histórias reais, casos tão próximos mas para os quais, na maior parte das vezes, não estamos minimamente despertos e que nos fazem dar valor às vidas descomplicadas que temos. Não me imagino, por exemplo, a crescer sem o apoio da minha família, dos meus pais, das minhas irmãs, sem a sensação de segurança e o carinho que sempre me proporcionaram.
Mas, infelizmente, há histórias bem diferentes. Há crianças que crescem em lares sem amor, onde os pais não dão miminhos, nem sequer ralhetes. Há quem cresça numa total ausência de sentimentos, por ter nascido numa família que nem devia ter a capacidade de gerar um ser humano, tal a própria ausência de humanidade do casal.
Não são só os maus tratos físicos que marcam uma criança, a indiferença de um pai e de uma mãe pode ser igualmente traumatizante.
Neste caso concreto, ninguém imagina que esta pessoa passou, e continua a passar, por isto. O que vale são as famílias P. que vão existindo por aí, de portas e de coração abertos, que dão tudo, muitas vezes sem sequer verem reconhecido o seu valor e correndo o risco de serem mal interpretadas por gente mesquinha que gosta de ver maldade em tudo.
Na vida, talvez a única coisa que não possamos escolher seja a família. Quanto aos amigos, o caso é diferente, e se tivermos sorte encontramos aí uma segunda família.
Perdemos demasiado tempo a pensar em trabalho, carreira, dinheiro, estatuto, quando o que realmente nos enriquece é o contacto com os outros, a importância que temos nas suas vidas e que eles têm na nossa, a troca de experiências, de histórias, risos e afectos...
Andamos tão preocupados a planear o futuro que deixamos para trás o presente. Esquecemo-nos de dar valor às pequenos, mas verdadeiramente importantes, detalhes da vida, como as conversas entre amigos à volta da mesa, com as particularidade de cada um:
- a R., que preenche uma casa com com o seu bom-humor e positivismo contagiantes;
- o T., que rega a relva com a naturalidade de quem posa para um anúncio da Lacoste; - a minha querida I. e o F., ambos com uma maturidade fora do normal para as suas idades;
- o L., que é o Rei da Grelha e refila comigo porque como pouco (como ele me faz lembrar a minha Big Sister!);
- a I., cozinheira de mão cheia, que nos presenteia com sabores exóticos e tropicais;
- o C., com quem gosto de falar de cinema;
- o J., uma caixinha de surpresas, com muitas histórias para contar;
- a L., hoje ausente mas sempre lembrada, que mais não seja, pelos seus fantásticos cafés;
- e o G., que com três anitos apenas, já manda em nós!
A todos, obrigada por mais uma excelente noite!
“Dou Graças” por estes serões!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A minha birra está oficialmente terminada!

Uma hora de birra foi o suficiente para perceber que estava a ser um bocado parva!
Para quê perder sequer um segundo com birras quando o meu Mr.Big (que está mais irritado com esta história do que eu, afinal de contas eu terei o domingo para fazer o que me apetecer e ele estará enfiado num avião) parte em menos de 48 horas?!
O melhor mesmo é aproveitar cada momento até lá porque depois já sei que vão ser mais três dolorosas semanas!
Por isso, domingo lá irei levar o meu Mr. Big ao aeroporto e dar-lhe muitos beijos de "até mais ou menos já"!

Estou oficialmente a fazer birra!

Acabei de receber uma notícia muito irritante!
O meu Mr. Big vai ter de voltar um dia mais cedo para NY... Aparentemente, a empresa está prestes a entrar em colapso devido à sua ausência de uma semana...
Assim sendo, em vez de levantar voo na segunda, terá de ir no domingo, arruinando o último dia de fim-de-semana!
Eu já decidi que vou fazer birra e não o levo ao aeroporto!

Design Gráfico - a minha nova aposta!

Comecei ontem um novo curso, desta vez estou a aprender Design Gráfico!
Quem me conhece já sabe que, volta e meia, tenho de arranjar um belo de um cursinho para me entreter.
Ontem tive a primeira aula de QuarkXPress e foi bem giro! Confesso que ia um bocado assustada com a perspectiva de não perceber nada de nada, mas afinal até correu muito bem e percebi tudo à primeira. Ainda houve tempo para fazermos um primeiro exercício, que consistiu em compor uma página a partir de um exemplo tirado de uma revista, e ficou bastante parecido. Vim de lá toda contente!
O curso é constituído por quatro módulos: QuarkXPress; Photoshop, Illustrator e Corel. Espero no fim de tudo isto estar apta a fazer a minha própria revista. Eh eh... Podem começar a sugerir nomes! Que tal Sorrir de Saltos Altos Magazine?! Mauzinho, eu sei...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Recomendo uma ida à FIARTIL!

Ontem tive, novamente, direito a petiscos! Desta vez, na FIARTIL, a Feira de Artesanato do Estoril. Este era, aliás, o plano inicial para o serão de terça-feira, caso o meu Mr. Big não tivesse ficado agarrado ao computador até às tantas... Sendo assim, adiámos um dia, mas mantivemo-nos fiéis ao planeamento.
E valeu a pena, gostei muito!
Jantámos num dos restaurantes existentes no recinto da feira e pedimos uma degustação de quatro petiscos à escolha. Seleccionámos Peixinhos da Horta, Pataniscas de Bacalhau, Salada de Polvo e Cogumelos Salteados.
O meu Mr. Big, que andava com desejos de sardinhas desde que "emigrou", pôde, finalmente, saciar a vontade.
Eu, que não gosto nem um bocadinho de sardinhas, fiquei-me pelos petiscos e pela salada de alface e pimentos assados (que eu adoro!) que vinha a acompanhar o prato dele.
Terminada a paparoca, fomos dar uma volta, ver as "montras", que é como quem diz, dar uma espreitadela às barraquinhas...
Vi algumas coisas bem giras, como no stand "Sete Ciganos e Doze Caracóis", que já conhecia da Feira "Crafts e Design" do Jardim da Estrela. Confesso que estou muito tentada a comprar alguns dos quadros deste artista para colocar na sala das riscas. E há uma moldura decorada com tiras de tecido que é simplesmente linda! Começo a considerar a hipótese de decorar o quarto a partir daquela moldura, só para ter um motivo para a comprar!
Antes do encerramento das portas, à meia-noite, ainda houve tempo para bebermos umas ginginhas em copo de chocolate! Senti logo aquela nostalgia de quando ia com as minhas Babes à ginginha do CascaiShopping...
Como ainda era cedo, pensámos, "vamos ao Casino!", que é mesmo ali ao lado. A experiência foi tipo Melhoral, não faz bem, nem faz mal... Acabámos por conseguir perder apenas 1€, nada mau!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quem espera (e tenta não desesperar) sempre alcança!

Ontem foi noite de petiscos! Nem de propósito, a Time Out de hoje tem como tema de capa "Marisco". Mas o meu fantástico Mr. Big antecipou-se à minha revista preferida e levou-me ao Relento, ali em Algés, onde comemos uma bela casca de sapateira e aquilo que eu começo a considerar o meu marisco preferido: vieiras! Sim, as vieiras são qualquer coisa de maravilhoso! Aqueles pequenos lombinhos circulares parecem pedacinhos de carne tenra sem ossos, nervos ou gorduras (que é tudo o que enerva na carne!). Já as tinhas provado antes, no Eleven (divinais!) e talvez no Bocca, embora aí tenha ficado tão traumatizada com o meu baptismo de ostras, que nem tenho a certeza do que mais lá comi!
Basicamente, ontem, antes de sairmos para jantar, eu já tinha feito tudo e mais alguma coisa para me entreter: pôr roupa a lavar, passar a roupa que já estava lavada, fazer a cama, arrumar as minhas tralhas, secar a ver notícias enfadonhas sobre política e economia (que agora as duas andam sempre ligadas), chorar a ver a série "Irmãos e Irmãs", que eu nunca vejo mas que fiquei colada porque era o episódio em que a Calista Flockhart revela a toda a família que tem cancro, tirar a roupa da máquina e estendê-la... Enfim, tudo isto enquanto ele tentava despachar o trabalho (pois é... enquanto cá são sete da tarde, na Big Apple ainda são duas... é por isso que dificilmente ele consegue largar o computador antes das dez da noite!), tive a minha merecida recompensa, um belo jantarinho fora de horas com a melhor companhia.
Por fim, uma referência ao aquário das lagostas, aquilo é mais viciante do que ver televisão! Não conseguia desgrudar os olhos de lá, sempre atenta aos movimentos delas e a pensar no seu triste destino... Coitaditas, hão-de ir todas parar à panela!
E não, ontem não comi gelados... Nem sequer pedimos sobremesa porque já não havia espaço no estômago para isso!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os meus novos e branquinhos All Star!

Hoje estou de All Stars nos pés! Já lá vão muitos anos desde que calcei pela última vez uns téninhos iguais... Nessa época, entre os meus 12 e 15 anos, foram vários os pares que me passaram pelos pés: primeiro os vermelhos, depois os brancos (iguais aos que tenho agora), os verdes e os beije que roubava às manas... Enfim, era o meu calçado diário. E se eram confortáveis!
Pois continuam muito confortáveis e muito giros! Que saudades que eu tinha de uns belos All Star branquinhos!
Obrigada ao meu Mr. Big que os trouxe directamente da Big Apple para os meus pézinhos! E a preços bem mais convidativos...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

E mais gelados durante o fim-de-semana!

Ora adivinhem lá o assunto deste texto... Isso mesmo: gelados! Sim, porque ultimamente não falo aqui de outra coisa que não isso!
Depois do fantástico tema de capa da Time Out, dei por mim a querer provar todos os gelados que o artigo refere! Assim sendo, no sábado lá fui com o meu Mr. Big (que está finalmente em Lisboa, ainda que apenas durante uma curta semana) à Cacao Sampaka, nas Amoreiras, provar os sabores chocolate da Venezuela e chocolate do Equador, e de facto, o da Venezuela é fantástico (tal como referia a notícia), parece mousse! Quanto ao do Equador, também é muito bom, menos doce e cremoso, ideal para quem prefere sabores mais amargos, como eu.
No domingo, mais um dia de total desgraça! Com um jantar em casa de amigos, e ainda a curar a ressaca da noite anterior, pensámos que levar vinho estava fora de questão, e uma vez que íamos para Cascais, o ideal seria parar pelo caminho e abastecermo-nos no Santini com uma mega caixa de gelado para a sobremesa.
Assim foi. Depois de meia hora na fila para sermos atendidos, lá conseguimos a nossa caixa de litro e meio, metade chocolate, metade coco, numa espécie de Bounty em versão congelada... E deixem-me que vos diga que este sabor é simplesmente divino!
Claro que não nos ficámos por aí... Já que tínhamos esperado tanto, o melhor era pedirmos qualquer coisa para degustarmos no momento. Assim sendo, ficámo-nos por um copinho de duas bolas, com manga e maracujá, também ambos deliciosos!
No Santini, os sabores de frutas são, sem dúvida, pequenas maravilhas para o palato!
Já no jantar, e depois de um excelente churrasco, foi a vez do gelado fazer as delícias de todos, e o coco foi um sucesso!
Um à parte: parece que é hoje que abre o Santini no Chiado... Será mesmo desta??

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Primeira Seguidora Desconhecida do Sorrir de Saltos Altos!!

Et voilá!!
Qual não foi o meu espanto, admiração e até comoção, quando hoje abri o Sorrir de Saltos Altos e me deparei com uma nova seguidora e que, ainda para mais, é a primeira seguidora desconhecida (sim, todas as outras são minhas amigas...)!
Quer dizer, totalmente desconhecida também não é... Chama-se Elvira e é dela o Blog Elvira's Bistrot que consta na lista de "Alguns Blogs que também vale a pena espreitar", do Sorrir de Saltos Altos.
Sim, vale mesmo a pena espreitar o Blog da Elvira porque é uma viagem ao mundo dos sabores! São receitas e mais receitas de tudo e mais um par de botas! Confesso que já fiz alguns dos pratos lá mencionados e a coisa correu sempre muito bem, por isso, recomendo! E o melhor é que por baixo de cada receita, surgem imediatamente três sugestões de pratos parecidos, é variedade que nunca mais acaba!
Cara Elvira, espero que a partir de agora seja uma visita frequente aqui no Sorrir de Saltos Altos! É sempre uma grande alegria ver por aqui caras novas!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mais Gelados... Acompanhados de Saldos!!!

Parece que por estes dias só falo mesmo em gelados, mas é que eles estão por todo o lado!
Desta vez, falo-vos do tema de capa da minha querida Time Out: gelados, claro! As fotografias entram pelos olhos dentro e quase que dá vontade de comer o papel!
Quanto ao Santini do Chiado, a Time Out anuncia também que a abertura está prevista para os dias 12 ou 14 de Julho... Confesso que passo por lá quase todos os dias e aquilo não me parece propriamente uma obra a uma semana de estar acabada... Mas eu também não percebo nada de obras!
Deixando o tema dos gelados para falar noutro motivo de desgraça, este não para o físico mas mesmo para a carteira, os saldos!
Pois é... Hei-los que chegam disfarçados de "promoções", e eu já fiz umas comprinhas! Logo no primeiro dia de "rebajas" fui à Zara comprar um casaco que andava a namorar há uns meses largos.
Ontem, não resisti e comprei uma mala liiiiiinda na Benetton e mais uma bela camisolita, que dá sempre jeito, na Zara. Por enquanto é só, e até nem foi muita coisa!
Eu bem queria desgraçar-me com uns sapatitos, mas a verdade é que só encontro tamancos com saltos de 12 cm, no mínimo, e eu nunca aprendi a usar andas... Além disso, tenho as minhas fantásticas white sandals, vindas directamente da Big Apple, e que são simultaneamente confortáveis e sexys, duas qualidades quase impossíveis de conjugar num par de sapatos!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Com Häagen-Dazs e Santini aqui tão perto, cheira-me que este Verão vai ser uma desgraça!

Ora então, boa tarde! E que tarde! E que dias inteiros de calor! O que me vale é o ar condicionado, caso contrário, já me teria dado um fanico!
Ontem, mal cheguei ao Rossio e me sentei dentro comboio, toda uma moleza se apoderou de mim! Nem tinha vontade de ler, só mesmo de cabecear contra a janela a que me encostei... Já em casa, a moleza continuou. Acabou por ser um fim de tarde e uma noite muito pouco produtivos.
Hoje será diferente! Nem que para isso tenha de me ir enfiar debaixo do chuveiro com água fria!
O que ainda vai ajudando a suportar o calor é a maravilhosa Häagen-Dazs... Que bem que soube o geladinho depois de almoço! E é já na próxima semana que abre o Santini do Chiado! O que vale é que do Cais do Sodré ao Chiado ainda se anda um bocado a pé, e eu tenho a esperança que isso seja o suficiente para abater as calorias...
Apesar de não ser doida por gelados (ao contrário de chocolates, que sou capaz de comer compulsivamente e mesmo sem vontade!) confesso que nestes dias sabe muito bem!
O que também sabe muito bem, é poder dormir descansadamente, o que, graças aos meus barulhentos vizinhos, tem sido uma tarefa difícil. Vai daí, agora tenho dormido com uns tampões para os ouvidos, que funcionam muito bem, tão bem que de manhã nem oiço o despertador... Resultado: se não usar os tampões, não consigo dormir por causa do barulho, se os usar, acordo de cinco em cinco minutos, em stress, a pensar que já são horas de me levantar!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O regresso das borbulhinhas assassinas

Lá diz o provérbio "não há bela sem senão", a prová-lo estão as borbulhinhas que voltaram a povoar os meus braços, acompanhadas de ataques súbitos de comichões agudas! Depois de um dia magnífico a banhos de piscina e de Sol, hei-las que regressam.
As leis que regem o universo devem ter pensado "Ai queres calor?! Estás sempre a queixar-te do frio e com lamurias por causa da chuva e do vento?! Então toma lá: quanto mais calor e Sol estiver, mas borbulhinhas e comichões terás!!".
Posto isto, a minha teoria de que me tornei alérgica ao Sol, ao calor, ou ao Verão em geral, parece confirmar-se.
Um dia destes, cheira-me que terei de fazer uma visita surpresa às urgências de dermatologia do Santa Maria...

domingo, 4 de julho de 2010

O meu primeiro dia de Verão do ano

Hoje senti, pela primeira vez, a chegada do Verão! Tarde na piscina e na lanza ao Sol... Tão bom! E a seguir, churrasco!
Enquanto o meu Mr. Big vive o seu primeiro "4th of July" nos States, com direito a barbecue e fogo de artifício, eu vou desfrutando das coisas boas que tenho aqui em Portugal: uma tarde quente com amigos, mergulhos e muita risota! E com o vento quente que está, é ver os colchões insufláveis a voar!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A realidade nas fábulas e a ilusão na vida real

“A felicidade não pode se alimentar apenas das recordações do passado, necessita também dos sonhos do futuro.”

Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

Ontem terminei de de ler esta pequena fábula e esbarrei nesta frase, que é uma verdadeira preciosidade.

O livro é uma história de amor entre um Gato e uma Andorinha, o que faz antever um final trágico, mas como era, supostamente, um conto infantil, pensei: “Ah... isto nas fábulas tudo é possível, por isso deve ter acabar bem”. Qual quê... Dei comigo no comboio, a ler as últimas páginas e a controlar-me para não desatar ali a chorar! Pobre Gato... Pobre Andorinha... É incrível como as fábulas conseguem ser cruéis para criaturas tão doces... Assim como há pessoas (neste caso, mulheres) capazes de se iludir de que um dia vão encontrar Príncipes Encantados e viver felizes para sempre! Como diz a mãe de uma amiga minha, que já viveu e ouviu muita coisa: "Queres um Príncipe? E onde é que está a Princesa?..."

De facto, a felicidade não sobrevive apenas de recordações, ela precisa sempre de novas experiências e de sonhos. O passado pode alimentá-la uns tempos, enquanto há a esperança de que o que já aconteceu se repita. Quando caímos na realidade e percebemos que o que foi não volta a ser, aí não há recordações de felicidade que possam anular a dor que sentimos. Aliás, arrisco-me a admitir que nesse momento as lembranças até nos magoam mais, são laminas no nosso espírito debilitado.

Depois de batermos lá no fundo da dor, começa então o caminho de volta, sempre em ascensão. Até que um dia, estamos felizes, simplesmente porque estamos. Reaprendemos a dar valor à vida, aos amigos, à família, às viagens, aos livros, ao cinema... Enfim, a tudo aquilo que nos faz sentir bem.

Uma coisa é certa, ao contrário do que acontece na história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá, já ninguém morre de amor... As relações frustradas tornam-nos realmente mais fortes, e ao fim de umas quantas, começamos a perceber o que queremos, o que precisamos, e o que estamos dispostas ou não a aguentar num companheiro.

Como diz o ditado, “A pressa é inimiga da perfeição”, por isso, deixo um conselho: enquanto o vosso Homem 10 não chegar, vão aproveitando para sofrer algumas desilusões e usem isso a vosso favor. O que não nos mata torna-nos mais fortes, mais espertas e mais exigentes! No meu caso até mais atraente, já que a desilusão amorosa era sempre acompanhada de perda de apetite, e consequentemente de peso! Eh eh...

Ou seja, há que ver sempre o lado bom da vida, se uma relação não resulta, mais vale pensar que é a nossa oportunidade de encontrarmos alguém que nos mereça, do que pensar que vamos ficar sozinhas para todo o sempre (e mesmo isso parece-me preferível a estar com um troglodita das montanhas que não nos dá valor)!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Hora de almoço com pedido de desculpas, mas (infelizmente) sem gelado

Hoje, à hora de almoço, fui ao Minipreço comprar umas coisitas para fazer uma salada. Na caixa estava o mesmo rapaz que me chamou de nervosinha... Quando eu vou a pagar, e depois de perceber que ele já tinha olhado para mim umas quinhentas vezes, e eu sempre a fazer a minha cara de poucos amigos, ele diz-me: "Ainda bem que a vejo! Devo-lhe um pedido de desculpas..."
Txaran!!! Afinal, parece que ainda há educação no mundo!
Claro que eu gostei de ouvir aquilo, mas disse apenas: "Oh homem, não deve nada! Deixe lá isso!"
E ficámos assim, despedi-me com um "até amanhã" sorridente, e pronto, voltei para o trabalho, fiz a minha saladita e almocei tranquilamente a ler a minha adorada Time Out (ainda que o tema desta semana não me diga grande coisa... Festivais de Verão, não é bem a minha onda).
A seguir, fui beber o cafézinho do costume. Aproveitei para dar uma volta ao quarteirão quando me deu uma súbita vontade de comer um gelado. Mas o único café da praça que tem gelados estava bastante desfalcado. Apetecia-me assim um geladito pequenito, um Perna de Pau, ou um Fizz, mas por aquelas bandas só havia Magnuns e Cornetos, aqueles gelados enormes e mega-calóricos que por si só já são uma refeição completa... Resultado, saí de lá de mãos a abanar e a aguar por um geladito. Graças a isso, passei a tarde toda a comer! Primeiro bolachas, agora pão com manteiga, quando tudo o que eu queria era um Perna de Pau, ou um Fizz!