terça-feira, 29 de junho de 2010

O meu Mr. Big hoje sente-se uma garrafa de Whisky!

Hoje o meu Mr. Big completa doze anos de trabalho na empresa. E como ele próprio diz, ao fim de 12 anos, sempre a dar o litro e em viagens, sente-se uma garrafa de whisky velho, e das que se vendem no aeroporto, porque também são de litro e não de 0,75 l, como é costume.
Se ele estivesse cá, hoje íamos comemorar, ironicamente, com um whiskyzinho ao fim do dia, aí num terraço catita de Lisboa, a ver o pôr-do-Sol e a sonhar como serão os próximos doze anos. Assim, a um oceano de distância, temos de adiar as comemorações umas semanitas, coisa pouca... O tempo passa a correr, mas custa como o caraças...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Camboja, não o País e sim o Bairro

Ontem, domingo, tive um final de tarde, que durou até de madrugada, simplesmente delicioso. Primeiro, os petiscos, caracóis, caranguejos, perceves, queijinhos... Só coisas boas! Como o meu Mr. Big gostaria de ter lá estado... Depois, como se ainda restasse fome, foi a vez do jantar propriamente dito: uma bela de uma churrascada, porque naquela casa, ou se come... ou se come!

Mas comidas à parte, o melhor foi mesmo a conversa, que poderia durar até ao dia romper. Eu adoro ouvir histórias, típico de quem tem o jornalismo a correr-lhe nas veias, e por isso, estava encantada com a descrição de outros tempos e lugares, alguns deles já nem existem.

Um desses casos é o Bairro do Camboja, que eu conhecia até então como Bairro do Relógio. Situava-se nas imediações do Aeroporto e da Rotunda do Relógio, daí o nome.

Este bairro surgiu na época de construção dos acessos à Ponte sobre o Tejo, quando foi necessário realojar, provisoriamente, cerca de 750 famílias provenientes do Vale de Alcântara. Foram então enviadas para um terreno na zona de Chelas, onde tinham sido edificadas casas pré-fabricadas para o efeito. Previa-se que as obras da Ponte durassem entre 10 a 12 anos.

No entanto, o bairro, que foi inaugurado em Agosto de 1966, só foi desmantelado no final da década de 90, dando lugar ao Campo de Golfe da Belavista.

O Bairro do Relógio rapidamente se deteriorou, devido, sobretudo, à fraca qualidade dos materiais de construção e à falta de ordenamento do território. Também cresceu, com a proliferação de anexos clandestinos, que iam desde habitações, a pequenos espaços comerciais, garagens e armazéns. Por outro lado, faltavam áreas verdes, a menos que para isso contemos com as hortas dos moradores.

Passou a ser considerado um dos bairros mais degradados de Lisboa, com índices de marginalidade elevados associados à toxicodependência e tráfico de droga, e daí ter ganho o nome de “Bairro do Camboja”.

Foi aí que cresceram 3 irmãos, filhos de pais trabalhadores e respeitados, uma espécie de elite, se é que é possível sequer fazer semelhante comparação.

Mas isso não os impermeabilizou do que se passava à volta. Crescer num meio destes é conquistar um diploma em desenrascanço, às vezes pelos piores motivos. Já todos fomos adolescentes, sabemos como a delinquência e a marginalidade são tentadoras nessa fase...

Todas as histórias partilhadas à volta daquela mesa revelam a dureza não tanto de outros tempos mas de uma realidade completamente diferente da minha. Talvez seja por isso que fico quase hipnotizada a ouvi-las.

A verdade é que sempre tive um fascínio pelos bairros clandestinos e problemáticos. O ano passado tive a a oportunidade de produzir um pequeno documentário sobre os bairros de génese clandestina (e não necessariamente problemáticos, já que são conceitos diferentes) e foi muito enriquecedor falar com aquelas pessoas, conhecer as suas histórias de vida, na maioria gente do campo que tinha vindo para a cidade grande em busca de trabalho, muitos deles enganados e roubados por proprietários de terras pouco escrupulosos. Ainda que na cidade, mantinham os hábitos do interior, daí a quantidade de hortas desordenadas que proliferaram pelos arredores de Lisboa e que, em muitos casos, subsistem.

Quanto aos bairros não só clandestinos, mas também problemáticos, é um tema que eu gostava muito de vir a aprofundar, também aí há histórias e realidades que merecem ser contadas e deviam ser ouvidas. Quem sabe, um dia...

"Você anda muito nervosa!"

É com comentários destes que os funcionários do Minipreço me brindam logo pela manhã...
Estou eu na fila para pagar o meu pãozinho de cereais para o pequeno-almoço e eis que a senhora à minha frente, depois de tirar todas as compras do seu cesto decide deixá-lo ali, bem à minha frente, no meio do corredor e impedindo-me a passagem. Ora, eu que às vezes tenho um problema grave de falta de paciência com pessoas que não descorrem nada, desviei o cesto com um movimento um pouco mais forte do pé, o que, na prática, soou como pontapé audível. Nessa altura, a senhora caiu em si e veio logo a correr buscar o cesto para colocá-lo no devido sítio.
Quando estou a pagar as minhas comprinhas, o empregado, que não sei se também é pago para desempenhar funções de psicólogo, diz-me, com um arzinho complacente: "você anda muito nervosa!".
Era só o que me faltava, um Freud na caixa registadora! Será que também disse à senhora à minha frente: "você anda muito distraída!"?
E mesmo que ande nervosa, o que é que aquela alminha terá a ver com isso?
Claro que, por outras palavras, mandei-o meter-se na sua própria vidinha e virei costas, servindo de motivo para os cochichos do resto da fila.
Sendo hoje segunda-feira, parece-me que esta será mais uma semana prometedora! Espero que não envolva mais idas ao hospital ou à Segurança Social, senão os meus nervos não aguentam mesmo!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dia de trabalho no escritório? Nãh... A Segurança Social é muito mais animada!

Depois de uma noite passada nas Urgências a coçar-me toda, era difícil haver uma situação que igualasse tamanha dose de paciência da minha parte para aguentar estoicamente para ser atendida... Pensava eu!

É que essa situação demorou apenas três dias para se revelar!

Pois é... Ontem passei o dia inteirinho na Segurança Social! Naquela que fica ao pé do Saldanha. Entrei lá por volta das 11h da manhã, a chamada ia no número 11. Tirei a senha e, para meu espanto e perplexidade, era o 117. Na minha ingenuidade, ainda fui perguntar à senhora securita se aquilo estava correcto e se a minha senha não corresponderia apenas ao número 17... Ela olhou para a minha cara, percebeu que era novata nestas coisas de passar o dia inteiro na Segurança Social, e começou a rir-se. Claramente que a minha senha 117 correspondia mesmo ao número 117, sem margem para erros. Como me parecia impossível despacharem 106 pessoas (ou seja, todas aquelas que ainda estavam à minha frente) num dia, perguntei se ainda seria atendida nesse dia ou não. Ela lá me disse que sim, e que todas as pessoas que tivessem senha seriam atendidas, se ainda lá estivessem, claro!

Até à hora de almoço atenderam 6 pessoas... Pensei: “Por este andar, posso ir almoçar à vontade, beber um cafézinho, ver se há alguma revistinha boa para me entreter, e depois logo volto para o secómetro...”

E assim foi. Quando voltei à Segurança Social ia no 37! Tinham atendido mais pessoas numa hora do que durante toda a manhã! Ainda assim, tinha 80 pessoas à minha frente...

Sentei-me, cochilei (o que significa fazer figuras tristes, cabeceando de boca aberta...), acabei de ler o meu livrinho, sendo que quando lá entrei ainda me faltavam perto de 200 páginas, entretanto a Segurança Social fechou às 16h30 com as pessoas que estavam lá dentro. Nessa altura ia no número 80, mas a partir daí, e graças às muitas pessoas que entretanto desistiram de esperar (uma delas foi o Mário Laginha...), tudo foi mais rápido. Mesmo assim, quando fui atendida já passava das 17h. Contas feitas, abandonei as instalações da Segurança Social às 17h30, mas pelo menos consegui resolver o assunto que me levou até lá! Sim, porque durante as seis horas e meia que lá estive não parei de pensar que o processo ia ficar parado por algum motivo parvo, como é costume. Mas tive sorte e a minha infinita paciência foi recompensada com a obtenção da tão esperada declaração!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sexta-feira à noite, Disco Night?... Nãh... As Urgências são muito mais animadas!

Na sexta-feira o meu serão foi passado nas urgências... Entrei lá às 22h38 cheia de comichões e borbulhas, algo que começou ainda no Líbano, há mais de um mês e que eu fui adiando e pensando: "Ah... Isto deve ser uma alergia qualquer, há-de passar!". Mas cada vez ficava pior, até que comecei a mentalizar-me que teria de ir ao médico, o que sucedeu nesse dia...
Claro que a importância que deram ao meu problema foi quase nenhuma. Vai daí, na triagem espetaram-me com uma pulseirinha verde, que é o mesmo que dizerem: "Agora vais para a sala de espera e ficas lá cinco horas a gramar, que é para perceberes que uma borbulhinhas e umas comichõezinhas não são problemas dignos de uma urgência!".
Para mim eram, de outra forma não tinha lá posto os pés. Aliás, ainda ponderei se devia ir ou não, porque já sabia o que me esperava... Mas o meu fantástico e incansável Mr. Big não me deu tréguas. Coitado, provavelmente porque não tinha qualquer conhecimento de causa sobre borbulhas e comichões nas urgências...
E assim, lá ficámos... Primeiro ainda conversámos, depois começámos a jogar nos telemóveis... Ao fim de hora e meia já ele dizia: "Se soubesse que ia demorar tanto, tinha trazido o PC e sempre ia trabalhando.". Ao que eu respondi: "Ainda vais a tempo, de certeza que quando voltares eu ainda estou aqui no mesmo sítio!"
E a hora e meia deu lugar a duas, três, quatro horas de espera... Nesta fase, eram já quase três da manhã e nós já estávamos completamente em modo nonsense. E apesar de tudo, mantínhamos a boa disposição.
A sala de espera já estava meio vazia, tínhamos passado por aquela fase em que os pacientes já estão completamente desvairados e mandam vir com os seguranças, os recepcionistas, com as paredes, as cadeiras... E como nós os compreendíamos, estávamos a passar pelo mesmo.
Os seguranças iam fazendo conversa de circunstância, tentando descartar qualquer culpa pelo mau funcionamento do sistema, e diziam aos queixosos: "Estou a cumprir ordens", ou "O segurança não está para dar informações nem chamar as pessoas, as pessoas é que têm de ouvir com atenção a chamada!". Ou seja, o discurso típico dos seguranças a que todos nós estamos habituados e tão bem conhecemos.
Nisto, foi sentar-se à nossa frente um velhinho de longas barbas grisalhas, que andava lá pela sala e ora se sentava num sitío, ora noutro.
O meu Mr. Big olha para o homem, olha para mim, e nem foi preciso dizer nada... Pensámos ambos o mesmo e a reacção foi risota total! Quando nos recomposémos, depois de termos deixado todas as pessoas da sala a olharem para nós escandalizadas, ele diz: "Aquele senhor deu entrada nas urgências porque caiu do baloiço em criança e ainda está à espera... Também deve ter uma pulseira verde..."
Ao nosso lado, estavam duas ex-vizinhas que se reencontraram ali. Pareciam as velhotas do Gato Fedorento, uma dizia "tenho bicos de papagaio", ao que a outra respondia "tenho joanetes", e desenvolveram todo um diálogo com base nas maleitas de cada uma delas. O mais caricato é que uma das senhoras tinha voz de homem e cada vez que ela falada era um fartote de riso para nós.
Conclusão: quase cinco horas depois fui vista por uma médica. Meia-hora depois, já passava das três da manhã, saí do hospital com duas injecções intra-venosas no bucho, mais um comprimido anti-histamínico e uma receita de antibiótico e mais anti-histamínicos para tomar, que é o que andado a fazer até agora. Hoje, para ajudar à festa, o antibiótico pregou-me uma surpresa e passei o dia com náuseas e vómitos! A pior parte e também a mais ridícula é que nem sei se isto tudo está a surtir efeito porque, ainda que com menos intensidade, continuo com comichões!! (Será apenas psicológico?)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago

Ainda não consigo acreditar... É uma perda demasiado grande para um país tão pequeno. E também para mim, que o tinha como referência, que ri e emocionei-me com as suas histórias, simples mas tão ricas.
Enfim, resta-me a "consolação" de que ainda tenho vários dos seus livros por ler. Vou fazê-lo aos poucos para não esgotá-los todos de uma vez...

Telemóveis com música? Era atirá-los todos para a fogueira!

Desde que deixei Cascais e vim trabalhar para Lisboa, voltei a recorrer aos transportes públicos.
Se antes estava no meio do nada, agora estou no centro de tudo! E isto é muito bom, pelo menos para mim, que gosto de agitação, de ver gente, de ouvir os carros e o eléctrico a passar...
Claro que também tem coisas pavorosas, sobretudo no que diz respeito aos transportes públicos. É que parece ter-se generalizado a moda de pôr os telemóveis a tocar em alta voz musiquinhas de qualidade muito duvidosa.
Como é óbvio, quem faz isto são pessoas, coitadinhas, com limitações não só auditivas mas também cerebrais, que desconhecem o significado de civismo. Ora, o meu telemóvel já tem perto de três anos (como é que é possível?!), mas já nessa época ele vinha equipado com um auricular, que eu costumo utilizar para falar, mas que também serve, imaginem, como auscultadores para ouvir música, sem incomodar ninguém!! Incrível!
Por isso, ando a elaborar um plano de ataque: vou equipar o meu telemóvel com música clássica e sempre que alguma dessas pessoas menos civilizadas se lembrar de pôr o telemóvel a tocar as suas musiquinhas odiosas, eu farei o mesmo, mas com os clássicos de Mozart e Beethoven...
Será que as alminhas limitadas irão perceber a mensagem, ou será este meu plano de guerrilha urbana demasiado rebuscado?
É nestes dias, em que já acordo com dores de cabeça, tenho de esperar mais de 15 minutos pelo autocarro e ainda levo com música da treta o caminho todo, que sinto uma saudade imensa de ir para o trabalho no meu carrinho!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Doces tentações num dia-a-dia atribulado

Estes tentadores docinhos com um poderoso sabor a canela são viciantes:
come-se um e só se se consegue parar quando a caixa vai a meio!

Esta semana não me tenho dedicado muito ao blog, peço desculpa aos dois ou três fiéis leitores que aqui vêm todos os dias na ânsia de algo novo.

É que com o meu Mr. Big em Lisboa é difícil dar atenção a qualquer outra coisa que não ele. As saudades eram já muitas, e hoje, quarta-feira, começo a cair em mim e a pensar que o final da semana está quase aí e que na próxima segunda, bem cedinho, lá vai ele novamente. Para piorar um bocadinho as coisas, ele está cá mas a trabalhar no horário de lá, o que significa que até às 21h, pelo menos, o moço está bulindo... Logo, está fora de hipótese usufruirmos dos fins-de-tarde para passearmos, irmos para a esplanada curtir o lusco-fusco... Enfim, mas pelo menos ele está cá, e isso já é muito bom!

E ainda por cima trouxe-me prendinhas: umas sandálias liiindas e super hiper mega confortáveis com as quais estou calçada neste momento; o livrinho The Velveteen Rabbit, de que já falei noutro texto e que entretanto já li e amei de tão ternurento que é; revistinhas da moda; doces; chocolates... Um pack muito bom! Mas perigoso... Ontem, dei por mim deitada no sofá a enfardar doces e chocolates como se não houvesse amanhã! Mas uma vez que o mundo não acabou entretanto, hoje terei mesmo de limitar a comer apenas umas folhas de alface, para compensar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Os Friends entranharam-se meeeesmo na minha vida!!

Pois é, no sábado, véspera de Santo António, já andávamos eu e o meu Mr. Big em pré-comemorações de um aninho juntos, quando encontrámos numa daquelas lojas antigas de vinhos os posters da Ramos Pinto... Provavelmente, poucas pessoas saberão do que estou a falar, mesmo as que gostam de Friends, mas da próxima vez que virem a série, reparem num poster que a Mónica tem no quarto dela, de duas caras de perfil prestes a darem um beijo, com um cupido ao meio a segurar um cálice de vinho (dah... basta verem a imagem que acompanha este post). Sim, essa imagem, que se chama O Beijo, pertence a uma marca de vinhos portuguesa: a Ramos Pinto!
Lá estava ele, igualzinho ao da Mónica! Entrámos com a intenção de o comprar, mas parece que estão esgotados há mais de um ano... E havia de ficar tão bem na nossa sala...
Ainda assim, não saímos de lá de mãos a abanar: trouxemos uma garrafa da Ramos Pinto que tem a imagem no rótulo. Já é um princípio!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Os Friends entranharam-se na minha vida!!

Ontem dei por mim numa loja gourmet da ericeira a tentar perceber o que é que a embalagem de Apple Soup me fazia lembrar. Estava com duas amigas igualmente viciadas em Friends e até foi uma delas que levantou essa questão:
- Apple Soup?! - e pôs-se a olhar para mim - isto faz-me lembrar qualquer coisa, mas o quê?...
Ficámos a olhar uma para a outra uns breves segundos e então fez-se luz no meu cérebro:
- É a cena do Joey, lembras-te? “Humm... Noodle Soup!”.
Desatámo-nos a rir, claro, e passámos em revista outras cenas da série que nos vieram imediatamente à memória.
Hoje, o meu Mr. Big, recém-chegado da Big Apple presenteia-me com nada mais nada menos do que o livro The Velveteen Rabbit. Sabem do que estou a falar? Era o livro preferido do Chandler em criança e o mesmo que ele compra para o Joey oferecer a uma namorada por quem ele estava apaixonado. Ela, por sua vez, também tinha The Velveteen Rabbit como obra literária favorita.
Ainda me lembro de ter pensado, quando vi o primeiro episódio:
- OK... O que é que isto tem de especial?
Hoje em dia, é a minha série de eleição. Como diria Fernando Pessoa, é daquelas coisas que “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. São personagens banais, com vidas banais, mas quem não gostaria de ter aquelas vidas? Já pensei várias vezes em qual é a minha personagem preferida e nunca consegui chegar a uma conclusão. Gosto de todos, sem excepção, por diferentes motivos.
A primeira das dez séries foi-me oferecida por uma grande amiga (que por sinal anda muito desaparecida, se estiveres a ler isto, vê lá se dás sinal de vida!), numa fase em que estava completamente na pior! Por isso, muito obrigada!
Confesso que nesses tempos, aqueles episódios eram a única coisa que me fazia rir com vontade. Acho que até teve um efeito terapêutico em mim... Pode parecer triste, mas é verdade! E isso foi há uns três, quatro anos...
É incrível como a vida muda, como é feita de altos e baixos, e o ideal é ter sempre Friends por perto, para partilharmos os bons momentos e para nos consolarem nos maus.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Também no Amor é preciso ter sorte!

Tenho alguns amigos e amigas que estão sozinhos, alguns quase num estado de solteirisse crónica, como eu andava também há tempos atrás.
Julgo que ninguém gosta de estar sozinho, pode até ser uma opção, um estilo de vida, mas que se assume enquanto não aparece o/a tal. Era o meu caso.
Depois de anos em relacionamentos que não resultaram, percebi que estava na hora de ter o meu espaço e de dar oportunidade àquela pessoa que correspondesse exactamente ao que eu procurava num homem. Fiz uma lista e tudo! “A Lista do Homem 10”, foi o nome que lhe dei, tinha vários pontos onde descrevia tudo o que considerava essencial num homem para que a relação resultasse.
Tive sorte, esse 10 apareceu mesmo, e só demorou uns quantos meses até ele surgir na minha vida. Mas podia nunca ter acontecido. E aí o que é que eu iria fazer? Não sei... Talvez ficasse sozinha, ou talvez baixasse o grau de exigência e me contentasse com menos do que julgo merecer.
Não sei mesmo, mas naquela época estava disposta a esperar o tempo que fosse necessário.

Já lá vai quase um ano desde que eu e o meu "10" trocámos os primeiros beijos numa discoteca badalada de Lisboa, que por acaso estava às moscas por ser noite de Santo António. Bendita fila interminável na praça de táxis, graças a ela decidimos ir fazer tempo para a Disco!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Rapazes solteiros que queiram arranjar uma namorada, este texto é para vocês!

Hoje apetece-me deixar umas palavrinhas aos homens, sobretudo os que estiverem solteiros. Este texto é dedicado precisamente aos meus amigos que andam aí nessa selva de sentimentos que é a nossa sociedade (ui, que eu hoje estou a utilizar metáforas dignas de uma música pimba!).
Depois de pensar nas muitas conversas que já tive com as minhas "Babes Friends" e de ter também ponderado a minha opinião, aqui ficam alguns conselhos para alcançar, mais facilmente, o sucesso junto das Mulheres:
1) Mostrem-se confiantes e seguros, mas cuidado! É fundamental que não se mostrem convencidos ou arrogantes, a fronteira é muito ténue...
2) Não falem apenas sobre vocês próprios, façam perguntas, mostrem-se interessados em saber mais sobre a outra pessoa.
3) Contem piadas espirituosas, mas sem ser forçado, ou seja, aproveitem alguma coisa que ela diga para puxarem por uma graçola, as mulheres adoram homens que as façam sorrir.
4) Seguindo o embalo da sugestão anterior, quando ela rir, elogiem o riso, e controlem os elogios, uma mulher gosta de ser elogiada, mas não bajulada. Tudo o que é demais enjoa!
5) Não lhe chamem nomes parvos como “bebé”, “linda”, “fofa”, etc. Todas essas terminologias têm o mesmo efeito de um repelente para insectos. Guardem os nomes queriduchos para houver de facto um relacionamento entre os dois, e mesmo assim...
6) Façam surpresas, não é preciso prendas caras ou ramos de flores elaborados. Por exemplo, “raptem-na” depois do trabalho para uma caminhada pela praia, ou levem-na a um sitio com uma vista fantástica, vão dar um passeio de eléctrico, aproveitem as noites quentes para jantar numa esplanada, à luz da Lua e de velas, a imaginação é o limite, mas sempre sem pressionar... Cada coisa a seu tempo.
7) Por favor, não a levem ao Rui dos Pregos no vosso primeiro jantar! Tentem perceber que tipo de comida ela mais gosta e mesmo que seja prego ou bitoque, na pior das hipóteses levem-na à Crevejaria Trindade, no Carmo, ou à Portugália de Belém, que ao menos tem uma vista simpática...
8) Nunca, nunca, mas nunca, façam comentários depressiativos sobre a fisionomia dela. Foi algo que aprendi no Friends: quando uma mulher pergunta se parece ou está gorda, a resposta imediata deverá ser “NÃO!”, sem hesitações, e muito menos sem a olhar de alto a baixo!
9) Nas primeiras saídas, é fundamental que o homem pague as despesas todas! Sim rapazes, eu sei que é chato, mas preferem que ela fique com a ideia de que vocês são uns sovinas?! Mas não desesperem, têm tempo de dividir as contas quando já tiverem conquistado o terreno.
10) Tenham estilo e amor próprio! O charme e a sensualidade não têm necessariamente nada a ver com a beleza. Um homem pode não ser minimamente bonito e ter charme aos molhos! Por isso, ponham de lado as roupinhas à pintaroco e, como diria o Barney Stinson, “Suit Up!!”. Para quem não sabe do que estou a falar, refiro-me a uma personagem da série “How I met your mother”. A verdade é que um homem com estilo torna-se logo mais interessante aos nossos olhos... Lembrem-se sempre, e este é um recado que tanto serve para homens como mulheres, de que a nossa aparência é um cartão de visita, e nela baseaar-se-á a primeira impressão que as outras pessoas têm de nós, por isso, está nas nossas mãos que essa primeira impressão seja boa ou má.

Agora, meus fiéis leitores, vão para o terreno e ponham em prática estes sábios conselhos! A vossa sorte junto das mulheres vai mudar radicalmente...

Good Luck!

Sometimes, You just have to go to the cinema with the Girls

Cheguei agora a casa, depois de ter ido finalmente ver O Sexo e a Cidade 2, com as Babes! Eramos nove, o que me deixa bastante orgulhosa, já que qualquer evento que reuna mais de 5 amigas já me parece um feito histórico!
Isto porque nós mulheres somos um bocado totós e abdicamos das coisas boas da vida vá-se lá saber porquê...
Para as mulheres que me lêem, deixo uma mensagem: lembrem-se de que a vida não é só marido ou namorado ou companheiro, ou mesmo filhos... Pensem na quantidade de vezes que as vossas caras-metades vão jogar à bola ou ao futebol ou simplesmente beber umas imperiais com os amigos. Há algum problema nisso? Eu não vejo nenhum... Então porque é que não nos permitimos fazer o mesmo? Será que a mulher é um ser que gosta por natureza de se anular? Será que é por isso que os homens sempre nos levaram a melhor? Talvez a explicação seja de facto genética, porque eu não vejo mais nenhuma!
Toda a gente gosta de se divertir, certo? Então porque é que nos negamos a nós próprias estes simples momentos de alegria, de partilha, de convívio?
Talvez seja porque depois gostamos de cobrar a factura, atirando-lhes à cara que foram ao futebol com os amigos, por isso também têm de ir ao shopping connosco. Confesso que nesse campo, já desisti. É que eu e o meu Mr. Big não nos entendemos muito bem quando andamos juntos às compras, pelo menos se estivermos a comprar coisas para mim!
Voltando ao tema principal, o que vemos neste Sex and the City são as quatro amigas de novo unidas, e apesar de nunca ter percebido na série como é que elas conseguiam ir tomar brunch juntas todos os fins-de-semana (não acredito que haja qualquer grupo de quatro amigas que o faça com tal regularidade, corrijam-me se estiver enganada!), sempre as admirei por isso, por terem essa disponibilidade de tempo umas para as outras, é um grande exemplo para todas nós que nos queixamos da constante correria em que vivemos.
Mas se deixamos os amigos para trás, então andamos a correr atrás de quê? Qual é o gozo de cortar a meta e atingir a glória se o tivermos de fazer sozinhos?
A verdade é que os namorados vão e vêm (espero que desta vez não seja esse o meu caso...), os relacionamentos a que tanto nos dedicamos correm sempre o risco de ter um termo. Já as amizades, se forem verdadeiras, cultivadas, apreciadas e valorizadas, duram para sempre!
Por isso, minhas amigas, muito obrigada pela noite, foi pena não haver mais tempo para tagarelarmos...
Tenho muita pena pelas que não puderam ir, mas espero que depois desta haja muitas outras oportunidades!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Amigos...

Andei a pensar no que escrever - sim, eu, a "baldas" deste blog, que só cá escreve vez por outra...
Podia escrever sobre a crise económica e social, sobre estar farta da minha chefe (quem não está, vá... digam lá...) ou sobre a minha vontade de desaparecer da face da Terra por três semanas.
Mas não. Apetece-me apenas escrever sobre como tenho sorte por ter os amigos que tenho, que são verdadeiros AMIGOS.
Estes dias falei com uma pessoa que se dizia minha 'amiga'. Quando estávamos as duas "nas estrelas", ela dizia-se minha amiga. Eu aceitava aquilo, mas tal como os gatos (sim, esses animais tão inteligentes e que muita gente detesta - o que não é o meu caso!) tinha sempre uma certa suspeita, não confiava por completo e escolhia muito bem o que lhe contava e os assuntos sobre os quais falávamos. Hoje, descobri que essa amiga andou a fazer coisinhas pelas minhas costas que são muito pouco amigáveis. Pois é... há pessoas que nos enganam... outras nem tanto... Anyway, ainda bem que nunca a considerei uma amiga de facto. Agora posso riscá-la por completo da minha lista - e não vai custar nada.
O mesmo não posso dizer dos meus verdadeiros amigos e amigas, em quem confio, a quem conto muitas coisas porque sei que são isso mesmo - verdadeiros amigos. Esses sim mostraram sê-lo quando eu mais precisei - e continuam a fazê-lo quando mais preciso, independentemente dos meus erros ou das circunstâncias.
A esses - vocês sabem quem são - o meu muito OBRIGADA. Sei que não o fazem por obrigação, e eu também não agradeço por obrigação. Apenas porque reconheço o vosso inestimável valor. Gosto muito de vocês. E espero saber cultivar sempre a vossa amizade por mim da mesma forma que vocês têm cultivado a minha amizade por vocês. Um beijo enorme!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

NOVO STARBUCKS EM LISBOA!!

E por falar em Starbucks... Sabem onde vai abrir o próximo? Na estação do Rossio! Passei por lá ontem, e deparei-me com umas obras dentro do espaço, que está tapado com papéis, mas já dá para vislumbrar o logotipo à entrada! E quer-me parecer que vais ser bem giro!

O que não foi nada giro foi a "partida" que a CP pregou ontem aos seus utentes, que, devido à queda de uma catenária em Barcarena, interrompeu a circulação de comboios durante algumas horas... Estão a imaginar o caos?! Eu acabei por desistir e ficar a dormir em Lisboa, mas eu tenho essa facilidade. Para os que não têm, foi com certeza uma crise de nervos!
Claro que se seguissem os conselhos da Time Out, iam beber um copo com os colegas e até acabava por ser um momento bem passado, mas no metro tudo o que eu ouvia era frases como "só quero é chegar a casa!", "não vejo a hora de estar em casa!", "por este andar, nunca mais chego a casa!".

Agora pergunto, como é que num país com tantas horas de Sol, e ontem até estava um bonito fim-de-tarde, as pessoas gostam tanto de se enfiar em casa?

Sei que quando saí da estação rumo ao Magnólia dos Restauradores, tive a agradável surpresa do Starbucks e pensei: "Se já estivesse aberto, era mesmo para ali que eu ia agora!"

LONDON BABY!!

Não, não vou a Londres (pelo menos não estou a planear fazê-lo em breve)... Mas hoje, enquanto lia a minha Time Out no Jardim Móvel das Oliveiras, no Cais do Sodré, dei por mim a reviver a viagem a Londres com a Red Shoes, que deu origem a este blog. Já foi há tanto tempo...
Lembro-me de estarmos à noite num bar e rirmos por causa do copo enorme onde nos serviram uma imperial, que lá é o dobro da dose que servem cá, do momento de introspecção no Starbucks, que soube tão bem, após vários dias quase a correr de um lado para o outro para vermos o máximo de coisas possíveis. Lembro-me da tua dor no pé, que nunca mais desapareceu por completo, das sandes com paté e das sopas “água quente e mexer”, do nosso quarto / despensa, mínimo mas com terraço, dos “bacon and beans” ao pequeno-almoço, que nos deixavam mal-dispostas só de ver os outros hóspedes do hotel a comer... Enfim, tantas memórias que me fazem sorrir! E tu, provavelmente, terás muitas outras.
Mas o que mais guardo dessa viagem é a amizade que se gerou entre nós, de forma natural. Uma cumplicidade que eu espero que jamais se perca, porque basta olhar para ti para perceber o que estás a pensar e a sentir. Confesso que na época tinha algum receio que a viagem corresse mal, que não nos entendêssemos e que tu fosses de facto uma “bitch”!
Mas não, tive a confirmação de que as primeiras impressões enganam e acabaste por ser uma daquelas fantásticas surpresas, como outras que já tive, que nos deixam a pensar como somos ignorantes em criar estereótipos.
Mas eu adoro surpreender-me pela positiva com as pessoas e descobrir a verdadeira essência delas. Não me importo nada de dar o braço a torcer e de reconhecer que “aquela pessoa” é muito mais e muito melhor do que aparenta ser. São essas as que passam pela minha vida e ficam, que resistem à distância física e nas quais penso quase diariamente.
Para todas elas, e para ti, Red Shoes, em especial, um grande, grande, grande, GIGANTE BEIJO!