Não, não vou a Londres (pelo menos não estou a planear fazê-lo em breve)... Mas hoje, enquanto lia a minha Time Out no Jardim Móvel das Oliveiras, no Cais do Sodré, dei por mim a reviver a viagem a Londres com a Red Shoes, que deu origem a este blog. Já foi há tanto tempo...
Lembro-me de estarmos à noite num bar e rirmos por causa do copo enorme onde nos serviram uma imperial, que lá é o dobro da dose que servem cá, do momento de introspecção no Starbucks, que soube tão bem, após vários dias quase a correr de um lado para o outro para vermos o máximo de coisas possíveis. Lembro-me da tua dor no pé, que nunca mais desapareceu por completo, das sandes com paté e das sopas “água quente e mexer”, do nosso quarto / despensa, mínimo mas com terraço, dos “bacon and beans” ao pequeno-almoço, que nos deixavam mal-dispostas só de ver os outros hóspedes do hotel a comer... Enfim, tantas memórias que me fazem sorrir! E tu, provavelmente, terás muitas outras.
Mas o que mais guardo dessa viagem é a amizade que se gerou entre nós, de forma natural. Uma cumplicidade que eu espero que jamais se perca, porque basta olhar para ti para perceber o que estás a pensar e a sentir. Confesso que na época tinha algum receio que a viagem corresse mal, que não nos entendêssemos e que tu fosses de facto uma “bitch”!
Mas não, tive a confirmação de que as primeiras impressões enganam e acabaste por ser uma daquelas fantásticas surpresas, como outras que já tive, que nos deixam a pensar como somos ignorantes em criar estereótipos.
Mas eu adoro surpreender-me pela positiva com as pessoas e descobrir a verdadeira essência delas. Não me importo nada de dar o braço a torcer e de reconhecer que “aquela pessoa” é muito mais e muito melhor do que aparenta ser. São essas as que passam pela minha vida e ficam, que resistem à distância física e nas quais penso quase diariamente.
Para todas elas, e para ti, Red Shoes, em especial, um grande, grande, grande, GIGANTE BEIJO!
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