segunda-feira, 31 de maio de 2010

Intrepid Museum vs. MET

O meu Top Ten Boyfriend acabou de me confessar que aproveitou para ir ver o Museu dos Barquinhos e Aviões (que se chama Intrepid Sea, Air & Space Museum) porque sabe que eu não vou ter grande vontade de o visitar.
E por isso, está a guardar o grandioso MET (Metropolitan Museum of Art) e outros do género para quando eu lá for.
Como ele me conhece bem!
Once again, he's a Ten! My Ten!

Novas de Nova Iorque

Desta vez, as palavras não serão minhas. O texto que se segue foi-me enviado esta madrugada pelo meu magnífico Mr. Big Boyfriend, que está na Big Apple e que já foi ver o Sexo e a Cidade. Cá vai:

"Hoje dormi até mais tarde. Tomei o pequeno almoço e voltei para o quarto. O iogurte low-fat ficou pela metade, tal não é o tamanho da dose.
Para não perder o dia de sol fantástico, resolvi meter-me ao caminho. Desta vez descobri um autocarro 167, mesmo ao pé do Hotel. Depois da experiência no dia anterior, de horas intermináveis no trânsito e estacionamentos limitados a duas horas mas a cinco dólares e portagens de 8, hoje paguei 4,5 USD pelo bilhete. Para minha surpresa saí no terminal de camionagem mesmo em frente ao New York Times e a um bloco de Time Square.
Mas hoje o dia era de barcos e por isso fui na direcção do Rio Hudson… Lá fui eu todo contente viver sonhos de menino, ver barcos, submarinos e aviões. Intrépido, rumei ao Museu do Ar, Água e Espaço. Os aviões dos filmes e das cadernetas e calendários deram lugar às várias fotos que fui tirando. O jogo do ZX Spectrum After Burner deu lugar a um Tom Cat bem real e a simuladores de voo capazes de me fazer sentir os G’s e de me pôr de cabeça para baixo. Abdiquei da fila de uma hora para o submarino, que de Nuclear só tinha o míssel, e de uma outra igualmente grande para um Concorde bem Inglês da British Airways.Assim, passei uma tarde um pouco mais bélica, mas nem por isso o sol deixou de iluminar o meu rosto e sorriso.
Resolvi ir ao Lounge da Time Out, para descansar um pouco e em busca de novas dicas e orientações. Um barman muito gay serviu-me um Philanderer, uma espécie de Long Island Iced Tea. Ali dei descanso às minhas pernas enquanto desfolhava a revista (à borla). Confesso que pouco encontrei que já não tivesse visto na net, e as dicas de solteiros e solteiras de NY preenchiam as páginas da afamada revista.
Para terminar o dia em beleza, e podendo abdicar do Sexo mas não da Cidade, lá fui eu para o Cinema REGAL, ver as 4 Nova Iorquinas do momento.Confesso que não pude conter uma lágrima, ao ver as várias filas ocupadas a contrastar com uma cadeira ao meu lado teimosamente vazia... o teu lugar. O filme obviamente não to vou contar…:)
Selei o dia com um Hot-dog de rua, à prova de ASAE, e tentei encontrar um autocarro para o regresso. O adiantado da hora, negou-me o autocarro desejado mas um outro de recurso trouxe-me de volta para New Jersey, do outro lado do rio, mas não me evitou uma caminhada inesperada de 20 minutos no meio da escuridão e de caminhos desconhecido. Abençoadas letras no topo do hotel que me faziam vislumbrar a direcção.
Vou dormir agora, que já pus por escrito o que tanta falta me faz dizer-to pessoalmente, Kid... Me and You, just us two."

Pronto... E agora estou eu de lagrimita no olho! É por isto que ele é o meu "Mr. Big" Top Ten Boyfriend!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

QUERO IR PARA NY!!

SIM!!!
QUERO IR PARA NOVA IORQUE!!!
Num momento em que tanto fala sobre o Sexo e a Cidade 2, com o Empire State of Mind de Alicia Keys à mistura, e com o meu "Mr. Big" Multitask Top 10 Boyfriend por aquelas bandas, a Big Apple não podia ser mais tentadora!

Who knows?... Como diz a música: "be careful what you wish for 'cause you just might get it"!

The Break Up

Mais um casal que se separa...
Desta vez, trata-se de uma grande amiga minha e do namorado. Ele disse que queria estar sozinho, ela saiu de casa.
Com muita tristeza minha, neste momento nem sequer posso estar com ela, abraçá-la, dizer-lhe para ter força, que foi melhor assim, que ele não a merece.
Não é que qualquer uma das minhas palavras ou gestos vá preencher o vazio ou acalmar a raiva que ela poderá estar a sentir. Mas nestes momentos, o apoio dos amigos é o único consolo que resta.
Também já passei pelo mesmo e sei que o melhor remédio é deixar o tempo passar.
Ainda assim, vai sempre haver um momento em que a raiva vai voltar e em que nos voltamos a questionar "porquê eu?". Pode ser daqui a um mês ou daqui a um ano, depende da ferida que ficar e do tempo que demorar a sarar.
Por experiência própria, sei que estas coisas não nos matam, já ninguém morre de amor, isso é um mero pensamento romântico dos tempos de adolescência. Também não significa que fiquemos mais fortes, talvez nos tornemos mais frios, distantes, cautelosos...Aprendemos a viver com essa dor na alma, a dor da rejeição, e, aos poucos, vai-se tornando menos doloroso. Até que um dia damos por nós a rir e a dar valor às coisas boas. Elas sempre estiveram lá, mas a névoa nos nossos olhos não deixava que as víssemos. E voltamos a viver, saímos daquele estado letárgico de mera sobrevivência e passamos a querer aproveitar plenamente a vida.
Mesmo nessa fase, vão surgir momentos de tristeza, vazio, raiva, angústia, mas duram menos tempo e ocorrem mais esporadicamente.
Com sorte, e eu tive essa sorte, um dia surge um Homem pelo qual vale a pena voltar a tentar.
Para já, minha amiga, fica o meu apoio, ainda que virtual e um "rain check" para quando sentires que é o momento de desabafar. Gosto muito de ti, tu sabes!

terça-feira, 25 de maio de 2010

El Gordini volta a atacar!

O Gordini, para quem não sabe, é um ser anafado (daí o nome), baixinho e com um cabelo muito estranho, meio careca em cima e meio aos caracois desgrenhados à volta que me persegue para todo o lado. A primeira vez que tive que lidar com tal alminha foi há coisa de três anos, num evento em Cascais (daí o nome que lhe dei!), tinha eu começado a trabalhar naquelas bandas há menos de uma semana.
O Gordini (cujo verdadeiro nome desconheço) é um daqueles “melgas” que grudam tipo lapa e não têm qualquer noção. O senhor acha-se o máximo, apesar daquela aparência bonacheirona. Se ele não fosse tão chato, provavelmente até seria uma pessoa simpática e de trato fácil, mas tanta melguice torna-se irritante.
Nesse evento, que durou quase uma semana, deu não só para observar como para ser vítima das investidas de “El Gordini” junto de tudo o que fosse rapariga jeitosa (e com isto estou a auto-intitular-me de “rapariga jeitosa”) . Sim, porque com as matrafonas eu nunca o vi entabular conversa. No segundo dia, já nenhuma promotora tinha paciência, no terceiro, fugiam dele a sete pés!
No ano seguinte, o evento repetiu-se, e lá estava o Gordini novamente, talvez num registo mais calmo, ou então nós é que já estavamos escaldadas e evitávamo-lo ao máximo! Passado uns tempos, cruzámo-nos na Kapital e a minha reacção foi atirar-lhe com um copo de imperial para cima. Pensei que estava safa, que nunca mais me iria dirigir a palavra... Estava redondamente enganada!
Certa noite, estava eu no BBC com o meu fantástico boyfriend, eis que surge Gordini no horizonte e veio falar-me como se fossemos grandes amigos! Eu bem disse que ele não tinha noção!
Por fim, no sábado à tarde, estava eu descansadinha da vida no World Press Photo, com o boyfriend (ainda que entretido a ver outra foto e a assistir de camarote à cena), quando começo a vislumbrar um ser ao meu lado a olhar fixamente para mim. Tendo em conta que a minha visão directa é má, imaginem a periférica! Estava longe de imaginar o Gordini ali. Mas, como sempre, foi ele a encontrar-me a mim. Quando percebi quem era, disse-lhe, com um certo ar de enfado:
- Mas nós encontramo-nos em todo o lado!
Ao que ele respondeu:
- Acha? A última vez que nos vimos foi no BBC, e antes disso na Kapital...
Apeteceu-me responder: -
Acha pouco? Há amigos que vejo menos vezes do que o vejo a si!!
Mas controlei-me e desta vez até consegui ser quase acertiva, claro que simpática com aquele senhor jamais serei, não vá ele interpretar a coisa da forma errada! Ele lá me explicou que estava ali por causa de uma feira de energia que estava a decorrer ali no Museu da Electricidade.
Posto isto, vou estar atenta a todas as próximas feiras de energia e evitá-las ao máximo, não vá estar ”El Gordini” nas redondezas...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um Domingo em Beirute

No domingo, dia livre (o único!) foi aproveitado para passear pela cidade e conhecer Beirute pelas palmas dos pés, neste caso.
Encontrámos um supermercado fantástico, com tudo e mais alguma coisa, desde fruta com excelente aspecto a produtos regionais de grande qualidade, um mundo libanês bem no centro da cidade. Almoçámos por lá, já que o supermercado tinha vários pontos para refeições rápidas, cada um deles com um diferente estilo gastronómica, não falatava o sushi, as saladas, pratos mais elaborados, comida típica... De facto, para os amantes da culinária aquele é um espaço genial, como eu nunca tinha visto.
À noite fomos jantar a mais um restaurante libanês, para encerrarmos da melhor forma o capítulo. Comi uma espécie de sandes com beringela, queijo de cabra e tomate. Tinha um excelente aspecto e era boa, mas tão grande que só comi metade. Até porque já me tinha estado a empanturrar em entradas!
A seguir, fomos para o Hotel, ainda ficámos um bom bocado na conversa no bar, enquanto fazíamos o check-in online para a viagem de avião, parecia que ninguém queria que aquele momento e aqueles dias quase surreais terminassem.
Mas por fim, e como os senhores do bar também queriam fechar, lá acabámos por subir para os quartos, quase às duas da manhã. E as malas ainda por fazer...
Conclusão: deitámo-nos tarde e tivémos de nos levantar cedo. Esperava-nos quase um dia de voos.
Mas valeu a pena, até porque na viagem de regresso, depois da escala em Paris tive uma surpresa que jamais esquecerei... Mas isso é outra história!
Por agora, ficam os meus agradecimentos sinceros aos noivos H&M (interessante combinação...) que nos proporcionaram uns dias fantásticos e inesquecíveis! Desejo-vos toda a felicidade do mundo, apesar de me estar a roer de inveja porque neste momento eles estão a torrar ao Sol na Polinésia Francesa e eu limito-me a morrer de de calor nesta abafada Lisboa onde hoje estão mais de 30 graus!!!

Sábado, o Grande Dia

Sábado foi o Grande Dia, aquele que motivou toda a viagem! H&M iam finalmente dar o nó, às 19h!
Mas o dia começou bem mais cedo... Fizemos escalas para o cabeleireiro e até tive sorte: fiquei no turno das 13h, por isso pude descansar de manhã e o cabelo aguentou-se mais tempo. Tenho a certeza que se estivesse no turno das 9h, quando chegasse a hora do casamento, às 19h, já não teria qualquer vestígio de brushing... E também fiz maquilhagem! Sim, eles no Líbano levam estas festas muito a sério e as mulheres têm de se embonecar todas com vestidos espampanantes, cabelos bem armados e maquilhagens fortes. E nós, portuguesas, seguimos o exemplo e fizemos o mesmo! No Líbano, sê Libanesa!
O casamento em si foi muito giro, para os curiosos, esclareço que a cerimónia foi católica, uma vez que o Líbano é um país laico, hvendo diversidade de religiões.
A noiva, estranhamente, ia bastante simples, com o longo cabelo caído, o vestido, apesar da simplicidade, era muito bonito, todo em renda, e assentava-lhe que nem uma luva.
O jantar decorreu nos jardins de um palacete e contou com cerca de 400 convidados... Estranhamente, este jantar foi o que teve menos comida, o que provavelmente está relacionado com o facto de terem servido cozinha francesa e não libanesa. O que mais gostei foi a entrada, que consistia numa mini-tarte com cogumelos. A sobremesa consistiu num buffet de gelados muito engraçado porque havia os cones e as bolas já estavam feitas e distribuídas por diversas taças grandes, só tínhamos de juntar as duas peças.
E depois do repasto, foi tempo de dançar até de madrugada!

As excursões pelo Líbano

Apesar da curta estadia, deu para conhecer minimamente a cultura e os principais pontos turísticos do Líbano. Num dos dias fomos a Baalbek, uma antiga cidade romana onde ainda é possível admirar os templos.
De seguida fomos almoçar a um restaurante que mantém os métodos antigos e tradicionais de cozinhar, como se estivéssemos numa antiga aldeia libanesa. Nesse mesmo espaço foi reconstruída uma mini-aldeia onde é possível pernoitar em pequenas casas típicas. confesso que dificilmente dormiria lá porque basicamente o espaço resumia-se a uma sala com colchões de aspecto duvidoso espalhados pelo chão, encostados às paredes, com umas mantas por cima que cheiravam mal... À noite, fomos jantar ao melhor restaurante de Beirute, no topo de uma montanha, com uma vista fantástica. Pela primeira vez, provei bife Tartaro, que estava muito bom, apenas me fez impressão saber que era carne crua, mas confesso que se me dissessem que era paté, tinha lambido os beiços! Os apreciadores desta especialidade estavam maravilhados, pelo que o prato estava mesmo muito bom. Também tive a oportunidade de provar intestinos... Sim, que eu nestas coisas gosto de provar um pouco de tudo! O pior era mesmo o aspecto porque o sabor era semelhante ao de uma salsicha, uma vez que estavam recheados com carne. Se o mesmo prato fosse servido cá, com um belo molho com tomate e cebola, seria bem mais aliciante. Mas lá serviram-nos os intestinos esbranquiçados numa terrina cheia de um caldo esverdeado. Não, não era apelativo. Mas havia iguarias muito boas, como o húmus, que é uma pasta de grão, as saladas, os queijos de cabra, frescos e curados, as saladas frescas e bem temperadas e o melhor veio no fim. A cereja no topo do bolo foi mesmo as taças intermináveis de cerejas que nos serviram à sobremesa, juntamente com sortidos de bolos típicos. Eu, que adoro cerejas, e que comi pouco ao jantar porque já as tinha visto expostas nas vitrines a caminho da casa-de-banho, enchi a barriga! Que boas que eram! Grandes, carnudas, sumarentas, doces, na consistência certa, tudo o que uma cereja deve ser!
Daí saímos quase a rebolar de tanto comer para um bar/discoteca no centro da cidade. Serviram-me um digestivo fantástico que anulou por completo a minha certeza de que ia rebentar. Esse foi o lado bom, o lado mau é que a tal bebida deve ser forte como o caraças, porque, para além do vinho tinto do jantar, foi a única coisa que bebi, e fiquei com os copos! A música fazia lembrar o Plateau, já que predominaram os grandes êxitos dos anos 80 e 90... Mas foi uma noite fantástica!
No dia seguinte, o autocarro partia às 9h30... Acordámos todos com a sensação de que ainda víamos tudo às voltas... Foi nesse estado que partimos para Jeita Groto, onde visitámos grutas com milhares e milhares de anos, cheias de estalactites e estalagmites. Foi a primeira vez que vi grutas tão grandes, senti-me nas minas de Mória, no Senhor dos Anéis! Cá fora, o verde é a cor dominante, as montanhas são enormes e imponentes, cheias de vegetação.
Almoçámos num restaurante na zona costeira especializado em pratos de peixe. Estávamos todos à espera de um belo peixinho grelhado quando nos trouxeram uma enorme travessa de peixe frito, parecia carapaus. Seguiu-se peixe assado no forno com molho e o que eu jugo serem amêndoas. Apesar de estar muito bom, o melhor foi mesmo a salada de polvo servida como entrada e a banda de música típica libanesa que animou toda a refeição, com direito a dança e tudo!
À tarde visitámos Byblos, cidade antiga dos fenícios, mas os vestígios já são poucos, e fomos às compras a um mercado típico, que eles chamam de Souk. Comprei uns lenços à Arafat, daqueles axadrezados, um branco e preto e um branco e vermelho.
À noite não havia nada marcado, porque era suposto descansarmos para o casamento no dia seguinte, mas acabámos por ir jantar a uma rua de Beirute que faz lembrar um pouco o nosso Bairro Alto, porque tem imensos restaurantes e bares pequeninos e acolhedores. Optámos por um restaurante Argentino... Não estava mau, também não estava delicioso, mas também não sou grande apreciadora do género. A seguir calcorreámos meia Beirute para ir ao Hard Rock comprar t-shirts! Adiante...

O característico e fascinante Líbano

Recém-chegada do Líbano, confesso que ainda dou por mim em Lisboa a fazer comparações com o que vi por lá. Cada vez que atravesso uma estrada, seja na passadeira ou nos semáforos, relembro a sensação de aventura que é andar nas ruas de Beirute, seja a pé ou de carro. A escassez de transportes públicos, uma consequência das guerras que destruíram por completo as linhas de ferro, faz com que toda a gente vá de carro para todo o lado. Aliás, é muito raro ver pessoas a andar a pé! Muitos condutores paravam só para nos perguntarem de onde éramos... E os taxistas estavam sempre a apitar-nos e a chamar-nos para dentro dos seus carros. Mas isso também não é estranho, porque lá estão sempre todos a apitar. Não é propriamente uma afronta, é mais uma espécie de precaução, do género "Eu estou aqui, tenham cuidado". Ninguém respeita os sinais. Estar verde ou vermelho é exactamente a mesma coisa porque os carros só param se tiverem mesmo de o fazer, o seja, se houver outras viaturas no caminho.
Os sinais de proibido inversão de marcha são igualmente ignorados. Na rua do Hotel havia um e os condutores que nos transportavam todos os dias davam ali meia volta, mesmo sendo proibido, para nos deixar à porta. Como diria o Ricardo Araújo Pereira em versão Marcelo Rebelo de Sousa "É proibido, mas pode-se fazer... O que é que nos acontece? Nada...".
Mas os libaneses são um povo afável e acolhedor, nunca me senti minimamente em perigo, a não ser quando tinha de atravessar uma estrada.
A gastronomia é mediterrânica, impera o azeite, e os ingredientes predominantes são semelhantes aos nossos, sobretudo os legumes. A diferença está sobretudo na forma como a comida é confeccionada uma vez que eles recorrem muito às ervas aromáticas, algumas das quais não são usadas por nós. As carnes predominantes são o borrego e o cabrito, que eu também não aprecio particularmente e quanto ao peixe, fazem-no frito ou no forno, com molho, ao contrário de nós, preferimos o peixe na brasa, certo?

terça-feira, 11 de maio de 2010

A esta hora, a missa de Bento XVI já vai a meio...

Não faz mal, não tenciono ir lá ver a confusão!
Mas como hoje só se fala do Papa, não resisti a comentar o tema...
Quer dizer, não se fala só do Papa, também se fala ainda bastante no grande Benfica!
Por isso, aproveito para também fazer uma referência ao glorioso: campeões, campeões, nós somos campeões... lalala...
Quanto ao Papa, até agora não me causou transtorno, as coisas aqui pelo Cais do Sodré estão calmitas (claro que por estas bandas a calma é sempre relativa, dada a quantidade de pessoas que por aqui deambula sob o efeito do álcool, mas nada de anormal em relação aos restantes dias do ano). À hora de almoço fui ao Chiado e também não me apercebi de grandes multidões, bem pelo contrário, as ruas estavam bastante calmas.
Agora que me preparo para sair do trabalho, espero que os autocarros circulem dentro da mínima normalidade, uma vez que ainda tenho de ir ao Corte Inglés comprar uma encharpe para um certo casamento no Líbano!
Meus caros, até ao meu regresso!

Líbano, aí vou eu!

Amanhã começa uma nova aventura, daquelas mesmo inesperadas! Vou ao Líbano!
É verdade, eu que gosto tanto de viajar tive esta prenda-surpresa do destino. Apesar do meu gosto por viagens, nunca tinha sonhado ir ao Líbano e foi algo que simplesmente aconteceu.
E há mais: é que não só vou passar 5 dias fantásticos por lá, com vários passeios programados, como ainda vou a um casamento, tendo a oportunidade de entrar dentro desta cultura nova para mim.
Pois é... Estou muito curiosa e ansiosa, agrada-me a ideia de conhecer este povo, os seus costumes, sabores, formas de festejar e de viver momentos de total alegria. Acredito que vai ser uma festa que jamais esquecerei.
Para quem não sabe muito bem onde fica o Líbano, posso adiantar que faz fronteira com Israel a sul e é banhado pelo Mediterrâneo. A capital é Beirute (que é onde eu vou estar), e as temperaturas nesta época do ano andam entre os 25 e os 30 graus.
É um país que está ainda a recuperar de sucessivos conflitos, nomeadamente uma guerra civil (1975-1990) e a guerra do Hezbollah contra Israel, em 2006.
Antes da guerra civil, a cidade de Beirute chegou a ser considerada como a Suíça e Paris do Médio Oriente, pelo seu poder económico e pela grande quantidade de turistas que a visitavam.
Posto isto, a mala já está feita e a máquina fotográfica preparada. Como não sei ao certo o que se veste por lá, levo um pouco de tudo: encharpes e lenços para a cabeça (que eu espero não precisar de usar!), túnicas, roupa festiva não só para o casamento mas para outros jantares e festas que já estão agendados, roupa fresca de Verão (afinal, estão 30 graus!), biquini (claro, porque estou a contar que o hotel tenha piscina, caso não tenha possibilidade de usufruir das praias...), sandálias, ténis, chinelos... Enfim, sei que é demasiado para apenas cinco dias, mas, mais vale prevenir...
Quando voltar, espero ter muitas histórias para contar por aqui.
Libano, aí vou eu!

sábado, 8 de maio de 2010

Foder e ir às compras - Em cena no São Luiz

Ontem fui ao teatro ver uma peça que é uma espécie de murro no estômago, talvez por isso comece logo com um dos personagens a vomitar...
Foder e ir às compras (em inglês Shopping and Fucking), assim se chama esta espécie de comédia trágica, em exibição no Teatro São Luiz que põe a nú uma sociedade que pode muito bem ser a nossa.
Conta a história de três "amigos/amantes" dependentes uns dos outros nesta teia de relações humanas em que vivemos. O desequílibrio surge quando um deles decide ir embora, supostamente para entrar para clínica de desintoxicação. O que vemos a partir daí são duas personagens, Robbie e Lulu, a lutar pela sobrevivência, seja a roubar, a vender drogas, a atender chamadas eróticas...
Mark, o que partiu, está no outro prato da balança, recuperado, ou pelo menos assim o julga ele, mas sabe que o que o atormenta é o seu espírito inquieto, é aquela voz lá dentro que o instiga a questionar-se: "Porque é que só sinto alguma coisa quando estou sob o efeito de substâncias químicas?". Este é, a meu ver, o ponto alto da peça, quando Mark se torna um livro aberto para o público e um reflexo da sociedade actual.
Foder e ir às compras mostra-nos uma realidade em que tudo é transaccionável, até as pessoas, porque os sentimentos só servem para nos tornar mais frágeis e vulneráveis, mas ao mesmo tempo há a consciência de que isso está errado, porque "sentir" é humano.
No meio de tudo isto, o que mais choca não são as cenas de sexo ou os diálogos violentos, o que é realmente estranho é ver a reacção do público, que ri nervosamente quando confrontado com tudo isto... O que prova, claramente, que é mais fácil rir do que pensar (não que eu tivesse dúvidas disso).
Para quem estuda ou trabalha na área da Sociologia, deixo uma sugestão: talvez fosse interessante fazer um breve inquérito às pessoas que assistiram à peça, podia ser anónimo, pedindo apenas total honestidade. Julgo que as conclusões seriam um bom espelho do que é a nossa sociedade. Pelo que pude observar, houve quem saísse de lá completamente chocado, quem estivesse a rir imaturamente, quem não dissesse nada, como se ainda estivesse a tentar digerir tudo aquilo... Mas também me parece que, em alguns casos, saíram de lá tão vazios como entraram, e esses sim, são os casos preocupantes, porque são aqueles que já menos sentem...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tatuagens

Tenho uma amiga que fez uma tatuagem, que é algo de que eu nunca gostei. Mas os gostos são mesmo assim e por isso é que não se discutem...
Ainda não vi o resultado final e confesso que estou curiosa. Quando lhe perguntei se tinha doído, a resposta que me deu foi "Qualquer mulher que esteja habituada a fazer a depilação com cera naquele sítio aguenta bem a dor de fazer uma tatuagem!"
Posto isto, julgo que a maioria das mulheres consegue perceber o paralelismo e fica com a certeza de que se quiser fazer uma tatuagem "é na boa!".

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fiz a minha primeira sopa! E ficou boa!

Eu sou um bocado parecida com a Mafalda, sim a da banda desenhada: também não gosto muito de sopa. Mas às vezes apetece-me, sobretudo quando tenho vontade de comer qualquer coisa quentinha para aconchegar o estomago. Ora na segunda-feira, andava eu no supermercado sem saber o que fazer para o jantar e pensei “vou fazer sopa!”. Vai daí, peguei numa daquelas embalagens de legumes crus para “sopa Juliana” e lá fui para casa toda contente fazer o jantarinho.
Limitei-me a colocar numa panela uma cebola cortada aos bocados com um pouco de azeite e sal e deixei aquecer. Quando já estava quente, deitei para lá os vegetais e água que fervi no jarro eléctrico. Deixei aquilo tudo ao lume a cozer, passado um bocado fui lá ver, estava um pouco insonso por isso pus mais sal, desfiz tudo com a varinha mágica (opcional) e ficou prontinha a minha sopinha! Apesar de rala, uma vez que não levou batata, está deliciosa!
Nada mau, tendo em conta que foi a minha primeira experiência no universo das sopas!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa... Dá que pensar...

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa... Mas o que há para comemorar quando os jornalistas trabalham presos às suas secretárias, em frente ao computador, limitando-se a reescrever o que já foi publicado na internet ou o que chega à redação através de comunicados?
No entanto, esses mesmos jornalistas pertencem ao pequeno grupo de “privilegiados” que ainda se vai dando ao luxo de trabalhar na “área”. As redações estão cada vez mais vazias de profissionais experientes, que vão perdendo os seus lugares para estagiários não remunerados. Claro que estes também têm de aprender, mas o que a realidade mostra é que depois de concluído o estágio são trocados por novos recém-licenciados cheios de expectativas e dispostos a trabalhar a troco de ver o nome na ficha técnica, ou nem isso. E assim, as novas gerações de profissionais nunca o chegam a ser, de facto, porque vão passando de estágio para estágio até ao dia em que perdem as ilusões e percebem que já deram demasiado a uma profissão que em troca lhes devolve precaridade.
No dia em que se assinala a Liberdade de Imprensa, o que eu vejo é uma comunicação social dependente dos lobbys, que vive de escândalos e que se rejubila com desgraças, porque é isso que chama a atenção do público.
Não é preciso recuar muito no tempo para recordar a tragédia na Madeira e a falta de bom senso por parte de alguns meios de comunicação, alguns deles ditos “de referência”, que publicaram de forma impensada imagens chocantes da catástrofe. Assim sendo, fica a dúvida: onde é que termina a Liberbade de Imprensa e começa o desrespeito pelo sofrimento de uma população inteira? Porque Liberdade de Imprensa também pode ser uma faca de dois gumes e acabar por castigar os que se julgam no “direito” de usar dela de forma indescriminada e pouco escrupulosa.
Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, impõe-se a reflexão sobre os media: o seu papel, os seus direitos e deveres. Mas devemos, igualmente, ter noção do nosso papel na sociedade, porque hoje em dia todos nós podemos ser jornalistas, a tecnologia deu-nos esse poder, e isso trouxe novos perigos, já que a internet ainda não se reje por um código deontológico, ao contrário do Jornalismo.

É tão bom ver bons filmes! - Parte 2

Já sei que houve alguns curiosos em saber qual o outro bom filme a que assisti... Chama-se The Blind Side, ou em português (ainda que seja uma tradução muito fraquinha e que arruína o efeito surpresa) Um Sonho Possível, e trata-se do filme que deu a Sandra Bullock o seu primeiro Oscar.
Depois de muitos filmes mais ligeiros e de algumas breves passagens pelo bom cinema (como a sua participação em Crash), Sandra Bullock mostra o que vale na pele de uma mulher de sucesso sulista, e com um grande coração.
Sim, é um filme "lamechas", ou seria, caso não se baseasse numa história real. Assim, somos confrontados com a dura realidade do Sul dos Estados Unidos, em que o racismo continua a dividir a sociedade, e com a história de Michael, um jovem que cresceu a levar pontapés da vida, até ao dia em que lhe é dada uma oportunidade. Não vou escrever mais nada porque este é um daqueles filmes que temos mesmo de ver, devia ser obrigatório passá-lo nas escolas porque pode ajudar-nos a ver o mundo de outra forma.
Este The Blind Side mostra-nos como às vezes os que menos têm são os que mais têm para nos oferecer!