terça-feira, 25 de maio de 2010

El Gordini volta a atacar!

O Gordini, para quem não sabe, é um ser anafado (daí o nome), baixinho e com um cabelo muito estranho, meio careca em cima e meio aos caracois desgrenhados à volta que me persegue para todo o lado. A primeira vez que tive que lidar com tal alminha foi há coisa de três anos, num evento em Cascais (daí o nome que lhe dei!), tinha eu começado a trabalhar naquelas bandas há menos de uma semana.
O Gordini (cujo verdadeiro nome desconheço) é um daqueles “melgas” que grudam tipo lapa e não têm qualquer noção. O senhor acha-se o máximo, apesar daquela aparência bonacheirona. Se ele não fosse tão chato, provavelmente até seria uma pessoa simpática e de trato fácil, mas tanta melguice torna-se irritante.
Nesse evento, que durou quase uma semana, deu não só para observar como para ser vítima das investidas de “El Gordini” junto de tudo o que fosse rapariga jeitosa (e com isto estou a auto-intitular-me de “rapariga jeitosa”) . Sim, porque com as matrafonas eu nunca o vi entabular conversa. No segundo dia, já nenhuma promotora tinha paciência, no terceiro, fugiam dele a sete pés!
No ano seguinte, o evento repetiu-se, e lá estava o Gordini novamente, talvez num registo mais calmo, ou então nós é que já estavamos escaldadas e evitávamo-lo ao máximo! Passado uns tempos, cruzámo-nos na Kapital e a minha reacção foi atirar-lhe com um copo de imperial para cima. Pensei que estava safa, que nunca mais me iria dirigir a palavra... Estava redondamente enganada!
Certa noite, estava eu no BBC com o meu fantástico boyfriend, eis que surge Gordini no horizonte e veio falar-me como se fossemos grandes amigos! Eu bem disse que ele não tinha noção!
Por fim, no sábado à tarde, estava eu descansadinha da vida no World Press Photo, com o boyfriend (ainda que entretido a ver outra foto e a assistir de camarote à cena), quando começo a vislumbrar um ser ao meu lado a olhar fixamente para mim. Tendo em conta que a minha visão directa é má, imaginem a periférica! Estava longe de imaginar o Gordini ali. Mas, como sempre, foi ele a encontrar-me a mim. Quando percebi quem era, disse-lhe, com um certo ar de enfado:
- Mas nós encontramo-nos em todo o lado!
Ao que ele respondeu:
- Acha? A última vez que nos vimos foi no BBC, e antes disso na Kapital...
Apeteceu-me responder: -
Acha pouco? Há amigos que vejo menos vezes do que o vejo a si!!
Mas controlei-me e desta vez até consegui ser quase acertiva, claro que simpática com aquele senhor jamais serei, não vá ele interpretar a coisa da forma errada! Ele lá me explicou que estava ali por causa de uma feira de energia que estava a decorrer ali no Museu da Electricidade.
Posto isto, vou estar atenta a todas as próximas feiras de energia e evitá-las ao máximo, não vá estar ”El Gordini” nas redondezas...

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