A NOVIDADE...

Eu bem vos disse que tinha uma novidade... Querem saber? Mesmo?...

Já tenho trabalho!! Eh eh... Comecei hoje e espero que corra tudo bem, até agora não tenho qualquer razão de queixa, todos me receberam bem. Quando cheguei já tinha uma secretária com um computador para mim e criaram-me logo um email da empresa. Sim Senhora... Gostei!

É por tudo isto que muitas vezes penso que tudo acontece conforme tem de acontecer e no momento certo.

Weeeeeeeeeeeeee!! Sabem... Sinto-me feliz!

Como cantaria Sérgio Godinho, que eu tanto gosto: "Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"!

Pinturas parte II

As pinturas continuam! Ontem passámos a manhã a dar uma segunda demão na sala. Comprámos dois candeeiros lindos no Gato Preto, um de pé alto e outro de pé baixo, vamos colocá-los estrategicamente em cantos opostos da sala para fazerem "pandã". Também já temos os varões e os cortinados, mas ainda não estão montados. A verdade é que o tempo tem passado muito depressa, passaram duas semanas desde que fiquei desempregada e não tenho tido tempo para nada, quase nem tenho conseguido escrever aqui no blog. E tenho uma novidade! Mas só vos conto amanhã... Aguardem pelas cenas do próximo episódio...

O Rei Édipo e o Dia Mundial do Teatro

Ontem comemorou-se o Dia Mundial do Teatro, uma arte de que eu muito gosto. Ainda que não que tenha sido de propósito, mas quis o destino que fosse assistir a um espectáculo de stand-up comedy, algo que que nunca tinha feito. Foi uma nova experiência que espero repetir, até porque gosto de rir e de humor sarcástico.

Mas já que me refiro ao destino, aproveito para vos falar de Rei Édipo. Tive a oportunidade de ir assistir a esta peça na quinta-feira, no Teatro D. Maria II, e vim de lá maravilhada! Que grande actor é o Diogo Infante, que rica é esta personagem - Édipo. Ele é alguém cujo destino brutal jamais poderia ser alterado, e tentar fugir ao que lhe estava traçado só o precipitou para o que tanto queria evitar. Édipo é uma das mais amaldiçoadas personagens da Grécia Antiga, talvez só rivalizando com Cassandra. Ele, que matou o pai, e casou com a mãe, com quem teve quatro filhos, é majestosamente interpretado por Diogo Infante, que já deu mais do que provas do seu enorme talento.

Este Édipo é um homem correcto, que ao tentar fugir do destino, acaba por cair nas suas garras de uma forma ingénua e fatalista. É cruel este destino, que condena um homem bom e integro a tamanho desespero e dor. Deixou-me a pensar como somos frágeis, como passamos de bestiais a bestas e de reis a desafortunados. Havendo ou não destino, a verdade é que nenhum de nós sabe o que nos espera no segundo seguinte, pode ser algo muito bom, ou um acontecimento devastador.

Por isso, o melhor é aproveitar as coisas boas: o tempo que passamos com quem gostamos, as gargalhadas que damos, os raios de Sol (que neste Inverno têm sido realmente escasso), as idas ao teatro... São esses momentos simples que nos tornam felizes e que às vezes nos enchem os olhos de lágrimas, mas de alegria!

As pinturas já começaram!

Na segunda-feira acordei com uma súbita inquietação: tinha de começar a pintar a casa, ou corria o risco de me passar a vontade de vez...

Assim sendo, e uma vez que as fendas já estavam devidamente tapadas e lixadas, os rodapés, portas e interruptores isolados, faltava apenas o principal: pintar!

Lá abri a caixa da tinta, mexi, coloquei uma quantidade mínima no tabuleiro onde de seguida molhei e espremi o rolo e atirei-me à parede como se não houvesse amanhã... Comecei por uma pequenina e aquilo correu bem, então pensei, vou pintar primeiro o tecto, julgo que faz sentido.

O problema começou quando me apercebi que o meu rolo de tecto, daqueles com cabo extensível, era mais largo do que o tabuleiro da tinta, logo, não consegui tirar muito bem o excesso. Resultado: assim que comecei a espalhar tinta pelo tecto tomei um verdadeiro banho de tinta e foi muito mais difícil espalhá-la.

Mas depois consegui apanhar-lhe o jeito e a verdade é que numa manhã despachei o hall! E ontem fui comprar um tabuleiro maior só para o rolo do tecto para hoje fazer mais uma maratona, desta vez na sala.

Depois conto como correu...

Hoje é o meu aniversário!!

Sempre gostei deste dia, apesar de também ser Dia do Pai e de ter sempre de partilhar com ele o protagonismo da data. É tão bom ter a família e os amigos a ligarem, a mandarem sms's, a deixarem comentários no facebook e no Hi5... Gosto tanto de fazer anos que quase não me importo de envelhecer só para poder gozar bem este dia.

Este ano, dada a minha condição de desempregada, posso aproveitar ainda mais o dia! E por isso comecei logo bem, à meia-noite a partilhar com o Boyfriend o cupcake que nos deram no Eleven (sim, o melhor e mais caro restaurante de Lisboa... conto a história noutro dia). Hoje de manhã fomos tomar o breakfast às Amoreiras (lá o desencaminhei do trabalho durante uma meia horita), com direito a uma prenda linda e tudo! Maravilha!

Agora vim almoçar com a Mummy, que hoje também está de Parabéns, claro!

E a festa vai continuar ao longo do dia, prolongando-se noite fora.

Amanhã continuam os festejos, numa onda mais familiar, já que junto a festa à da minha sobrinha.

E passa tão depressa... No domingo, já sei que vou cair em mim e vem a deprê de estar a ficar cada vez mais velha, blá blá blá...

Mas enquanto esse dia não chega, o melhor mesmo é aproveitar!!

Obrigada a todos os que já me deram os Parabéns. Aos restantes, lembro que têm até à meia-noite para o fazerem!

O Centro de Emprego

Hoje foi o meu primeiro dia oficialmente desempregada...

Acordei às sete da manhã pronta a enfrentar o desafio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mais vulgarmente designado como Centro de Emprego.

Lá fui eu, pensando que, no meio do azar de ficar sem trabalho, tinha ao menos a sorte de estar um dia de Sol radiante! Claro que a minha boa disposição acabou por ser ela sim um "Sol de pouca dura", uma vez que chegada ao Centro de Emprego, e ainda não eram oito horas, já tinha umas 100 pessoas à minha frente!! Lembro que o IEFP só abre portas às nove. Logo, tive de me resignar à fila e aguentar-me ali uma hora de pé... Abertas as portas, tirada a senha específica, lá me fui sentar à espera da minha vez. O que vale é que eu já estou à espera destas situações, vai daí, levei comigo um livrinho de 300 páginas para me entreter.

Acabei por ser atendida ao meio-dia, e o livro também ficou meio lido! No total, foram quatro horas de espera...

Posto isto, hoje já não tenho paciência para escrever muito mais.

Queria só agradecer às "babes" Joana e Raquel o vídeo de despedida fantástico que nos fizeram! Confesso que assim que cheguei a casa fui vê-lo, só para me rir um bocado e ficar mais bem disposta!

Obrigada também aos que na sexta-feira nos deram apoio, consolação, um ombro amigo... Acreditem que não foi fácil controlar as emoções, mas foi muito bom contar com o carinho de todos!

Já há tintas!!! Agora, mãos à obra!

E não é que já comprámos as tintas?!... Como não percebemos nada do assunto optámos por uma da Leroy Merlin cor "marfim", para paredes e tectos, lavável e que só necessita de uma demão! Parece perfeito! Agora, vamos lá a ver o resultado...

Para completar o pacote "Pinturas Domésticas" acrescentámos ao carrinho alguns rolos (um deles com um cabo daqueles todos xpto que esticam), trinchas, tabuleiros, plásticos para tapar móveis, e penso que é tudo.

O fim-de-semana adivinha-se animado... Nada como afogar a "deprê pós-último dia de trabalho (que é já amanhã...) num mega balde de tinta!

Wish me lots of luck, please!!!

A Bricolage já começou!

Pois é... Este foi um fim-de-semana dedicado à decoração e bricolage.

No sábado, apesar de quase não me conseguir mexer (ainda no rescaldo do primeiro dia de ginásio), lá fomos ao Ikea. Quase três horas depois (é incrível como perdemos a noção do tempo naquela loja gigantesca), saímos de lá com "paletes" de caixas, um tapete enorme e ideias geniais para a redecoração da casa.

Foi, sem dúvida, um franco progresso, porque as nossas idas ao Ikea costumam acabar com discussões parvas sobre cores de móveis e a forma como distribui-los numa sala de 23 metros quadrados.

Quando chegámos a casa, o meu boyfriend, como qualquer homem que se preze, começou logo a montar os ditos "puzzles" de madeira (ou melhor, contraplacado com folha de madeira...), e eu, embalada pelo seu entusiasmo, agarrei-me às espátulas e à massa de tapar fendas. Parecia que estava a espalhar cera depilatória pelas paredes da sala e do hall de entrada... E olhem que até ficou um trabalho perfeitinho! Depois de tudo devidamente lixado, recebi um grande elogio: é que segundo o meu multi-task boyfriend, as paredes estavam muito melhores e já nem precisavam de ser pintadas. Claro que para bom entendedor meia palavra basta e o que eu li na entre-linhas foi: "Tens a certeza que consegues pintar as paredes como deve de ser?! Não achas que é melhor deixá-las como estão?!".

Os móveis também ficaram impecavelmente montados, as portas estão todas alinhadas, parece obra de mestre, sim senhor! A cereja no topo do bolo foi o conjunto de prateleiras para as garrafas de vinho dentro do aparador, que eu aproveitei para comprar na segunda-feira (a pedido do boyfriend, claro!), juntamente com umas almofadas para o sofá e uns acessórios de cozinha.

Agora, falta pintar... Hoje lá vamos nós ao Leroy Merlin comparar tintas, escolher cores e papéis de parede.

Para breve, aguardamos com expectativa a chegada da mesa de jantar e respectivas cadeiras! E depois, é marcar no calendário a inauguração da nova sala e convidar todos os amigos para a grande festa!

Regresso ao Ginásio

Ontem voltei ao ginásio...

Em Setembro do ano passado tinha-me inscrito, cheia de motivação! Mas só durou mesmo esse mês, entretanto não voltei a pôr lá os pés...

Agora, passado meio ano lá me decidi a regressar, sobretudo porque arranjei companhia! A minha amiga "Narizinho Arrebitado" decidiu juntar-se a mim nesta luta contra pneus e celulite!

Vai daí, lá fomos as duas, primeiro a uma aula de step (onde fiquei a anhar...), e depois (armadas em valentes), arriscámos fazer também a de localizada.

Resultado: hoje estou traumatizada com a quantidade de voltinhas que não consegui dar à volta do step. A s únicas coisas que apanhei foram "sobe, sobe, mais uma, vai atrás, não vira, roda...", e prometi a mim mesma que as escreveria aqui no blog. Acabei a fazer o meu próprio esquema, muito mais simples, com o objectivo claro de desconcentrar todas as outras pessoas que estavam na sala... Eh, eh... Se não te podes juntar a eles, vence-os (que mais não seja, pelo nonsense da situação)!

Quanto à ginástica localizada, serviu para que hoje não consiga mexer mais nada a não ser os dedinhos com que estou agora a escrever, o que já não é mau... Mas se tiver de utilizar o rato, ui, é logo uma dor no ombro!

Enfim... Para a semana há mais aulinhas... Mas da próxima vez que for fazer step, acho que levo uma revistinha para me entreter, enquanto o resto das pessoas normais e coordenadas dão voltinhas e batem palmas.

Shutter Island desiludiu-me...

Fui ver o Shutter Island e fiquei decepcionada...

Esperava mais, esperava outra história, ou pelo menos esperava uma linha condutora do princípio ao fim.

O filme baseia-se numa obra de Dennis Lehane, o mesmo escritor que escreveu o excelente Mystic River, passado ao cinema pela genialidade de Clint Eastwood. Mas, e se ambas as histórias falam de sofrimento, perda, derrota, aqui parece haver algum receio na construção do enredo. A sensação que me deu, e posso estar redondamente enganada (mas esta é apenas a minha opinião...), é de que a ideia inicial perde-se a meio por ser um tema tão melindroso nos Estados Unidos - o Comunismo.

Para que melhor me entendam vou resumir minimamente o filme: nos anos 50, pouco tempo depois da II Guerra Mundial, e em pleno emergir da Guerra Fria, dois agentes do FBI são chamados a Shutter Island, uma ilha onde há uma prisão/hospital psiquiático, para investigar o desaparecimento de uma reclusa/doente.

Mas as verdadeiras intenções de um deles é descobrir se ali são praticados métodos bárbaros de lavagem cerebral em pessoas com ideologias de esquerda. Este agente é interpretado por Leonardo DiCaprio, que volta a mostrar um talento enorme, a representar uma personagem traumatizada pela guerra e pela morte.

Aos poucos, a história começa a fugir da rota inicial, a questão do Comunismo e das torturas a que eram sujeitos os pacientes do hospital, para começar a incidir sobre esses mesmos traumas vividos pelo protagonista.

No final, ficamos sem saber o que de facto aconteceu e de que lado está a razão. Fica o dito pelo não dito, numa tentativa de lavar as mãos. O que a história faz é deixar-nos ideias, mas sem tomar uma posição, como se ainda hoje o Comunismo fosse um tema tão melindroso para os americanos como era há sessenta anos atrás... E se calhar é mesmo...

Pode ser só impressão minha, a verdade é que Scorsese costuma ser muito bom a construir personagens ambíguas (como é visível em The Departed), mas sem abrir mão da lógica, e aqui é isso que ficou aquém do que esperava.

Eu saí da sala com a sensação de que durante 140 minutos me estiveram a atirar areia para os olhos!

Ballet para alimentar o espírito e queijinho para saciar o estômago

Na passada sexta-feira fomos ao ballet.

Depois de me emocionar com Giselle, há já uns meses, agora foi a vez de me admirar com um espectáculo partido em três. Primeiro, a perfeição e delicadeza do ballet clássico, com Serenade. Depois, seguiu-se a calma de Adágio. Por fim, a força e violência do Tango, com cinco coreografias lindas e envolventes, uma delas com dois bailarinos. Confesso a minha surpresa ao ver dois homens a dançar Tango um com o outro... E como eu, também muitas outras pessoas estranharam, que eu bem as ouvi a comentar no final.

Felizmente, estava acompanhada pelo meu multi-task boyfriend, que sabe um pouco de tudo, inclusivamente de dança, até porque ele próprio já deu os seus passitos em tempos... Foi ele que me explicou que quando este estilo de surgiu apenas os homens o dançavam, já que as mulheres estavam proibídas de frequentar os lugares onde se dançava o Tango. Também esta curiosidade histórica poderá explicar o lado mais violento do Tango, que é visivelmente uma dança arrebatada. À semelhança da Capoeira, o Tango era também usado muitas vezes como uma forma de disfarçar um confronto ou uma luta (no fundo, isto só mostra que os homens arranjam qualquer desculpa para andar à porrada!).

Fiquei muito contente não só por ter ido ao ballet, que é algo que eu amo de paixão, mas também porque aprendi coisas novas!

E depois ainda tive direito a um bónus! Fomos petiscar a um sitio muito giro, o Retiro de Baco, em Alcântara, comer queijinho, tão bom!

Senti-me como nos filmes americanos, em que depois do Teatro ou da Ópera os casalinhos vão jantar a um sítio todo catita e têm conversas envolventes e sensuais...

Digam lá se não são estes os momentos que nos enchem a vida...

Obrigada à minha Comentadora!

À Valéria Vale, ou Leonor, (não sei bem como hei-de chamar-te...) um grande obrigada pelos comentários que deixou a dois dos meus textos!

Podes não usar saltos altos mas tens sempre uns colares "muita" giros!!