quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quando era pequenina queria ser bailarina

Quando era pequenina queria ser bailarina. Lembro-me perfeitamente, devia ter uns quatro ou cinco anos. Ainda nem andava na escola. Nessa época, o Canal 2 costumava transmitir ballet clássico à tarde, não sei se alguém se lembra disso. Eu lembro, e ainda me lembro melhor de ficar colada ao ecrã a ver as bailarinas a saltar em pontas de um lado para o outro. Era um sonho! Depois de entrar para a escola, deixei de assistir ao ballet e a minha ambição ganhou outras formas, foi a fase “médica e professora”. Isto porque a minha irmã mais velha tinha uma professora de saúde que era médica e para mim aquilo era o máximo!

Na adolescência passei a querer ser apenas médica, era esse o meu objectivo e nunca pensei num plano B. Resultado: eu, que sempre havia sido uma boa aluna, no 10ª ano, em Ciências, fui confrontada com a dura realidade, não tinha nascido para as ciências exactas. As únicas disciplinas onde conseguia ter boas notas era Português, Inglês, Ciências Naturais… Tudo aquilo que implicava estudo e não raciocínio. A emergência do meu problema resultou num plano B improvisado: mudar de área. E assim fui eu para Humanidades e encontrei um porto seguro. Era eu, novamente! No fim do 12º, a dúvida surgiu. E agora? Jornalismo ou Publicidade? O destino ditou que seguisse Jornalismo, e mais do que o curso, o que realmente gostei foi a prática. Primeiro Televisão, depois Imprensa. Julgo que aprendi mais nesse fase do que nos quatro anos de curso. Sobretudo porque tudo aquilo que se falava nas aulas e que ru não percebia começou a fazer todo o sentido na minha cabeça: o mito da objectividade, o conceito de gatekeeper, interesse público, interesse do público, conflitos de interesses, pressões económicas, etc.

Neste momento, trabalho na área da comunicação mas não como jornalista. Quem sabe se um dia volto às origens?... Gosto de pensar que o futuro está em construção e que o mais importante é mantermo-nos focados no presente, aproveitando as oportunidades que podem estar já ao virar da esquina.

Por isso, olhos bem abertos!

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