Na adolescência passei a querer ser apenas médica, era esse o meu objectivo e nunca pensei num plano B. Resultado: eu, que sempre havia sido uma boa aluna, no 10ª ano, em Ciências, fui confrontada com a dura realidade, não tinha nascido para as ciências exactas. As únicas disciplinas onde conseguia ter boas notas era Português, Inglês, Ciências Naturais… Tudo aquilo que implicava estudo e não raciocínio. A emergência do meu problema resultou num plano B improvisado: mudar de área. E assim fui eu para Humanidades e encontrei um porto seguro. Era eu, novamente! No fim do 12º, a dúvida surgiu. E agora? Jornalismo ou Publicidade? O destino ditou que seguisse Jornalismo, e mais do que o curso, o que realmente gostei foi a prática. Primeiro Televisão, depois Imprensa. Julgo que aprendi mais nesse fase do que nos quatro anos de curso. Sobretudo porque tudo aquilo que se falava nas aulas e que ru não percebia começou a fazer todo o sentido na minha cabeça: o mito da objectividade, o conceito de gatekeeper, interesse público, interesse do público, conflitos de interesses, pressões económicas, etc.
Neste momento, trabalho na área da comunicação mas não como jornalista. Quem sabe se um dia volto às origens?... Gosto de pensar que o futuro está em construção e que o mais importante é mantermo-nos focados no presente, aproveitando as oportunidades que podem estar já ao virar da esquina.
Por isso, olhos bem abertos!
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