Um blog de mulheres, para mulheres, mas não só... Partilhamos com a blogosfera as nossas opiniões, críticas, sonhos e devaneios. Para rir, chorar, ou simplesmente mudar de página.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Tarde de cinema e fotos de Manhattan
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Salt, ou a super-mulher do século XXI
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
American Pie em versão Cenouras Baby...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Toy Story 3 - "No Toy Gets Left Behind!"

terça-feira, 10 de agosto de 2010
Inception: a arte de manipular as massas

"What is the most resilient parasite? An Idea!"
Sim, ontem fui ver o Inception, esse filme endeusado de que toda a gente parece gostar mas sem me conseguir explicar porquê...
Eu sei o porquê! É porque a única coisa coerente no meio de 143 minutos de filme é o conceito de que “uma ideia é o parasita mais resistente que existe!”. Aí reside a ironia deste filme: é que de facto, a máquina cinematográfica americana, aquela que produz blockbusters como o Titanic e o Avatar, conseguiu manipular o público, incutindo-lhe a ideia de que este é um bom filme... Uns hão-de defender que tem uns excelentes efeitos especiais, não deixa de ser verdade, mas não é isso que faz um bom filme... Outros irão salientar a qualidade do elenco, que, a meu ver, apesar dos nomes sonantes, a qualidade deixa um pouco a desejar... Há ainda quem considere a história genial e muito original, o que é totalmente questionável...
Confesso que, para mim, Inception não passou de um grande flop! Muita parra e pouca uva! Muitos efeitos para uma história tão pobre e mal contada... Pareceu-me uma reinvenção de Matrix, em que até arranjaram um actor que dá uns ares ao Keanu Reeves, falo do Joseph Gordon-Levitt (Arthur), de quem me lembro, ainda miúdo, na sitcom O 3º Calhau a contar do Sol.
Saí de lá a pensar nesse grande filme que é o Heat – Cidade sob Pressão, com o Al Pacino na pele de polícia e o Robert De Niro na de bandido. Um bandido a sério, daqueles que faz do crime o seu full-time job. Isso sim, é uma personagem forte e marcante. Teria sido mais enriquecedor ter um protagonista assim: frio, calculista, ambicioso, que se esforça por ser o melhor e mais profissional naquilo que faz, mesmo que isso seja um crime.
Mas em vez disso, vemos o Leonardo DiCaprio (Cobb) como um pobre coitado, que teve o azar de arranjar uma mulher maluca, que lhe deu cabo da vida e da sanidade mental... Onde é que eu já vi isto? Ah, já sei! Foi no Shutter Island, essa também grande banhada cinematrográfica! Esperem lá que ainda me faz lembrar mais qualquer coisa... Hum... Deixem-me pensar... É isso mesmo: Revolutionary Road, esse sim, um filme com um argumento credível! Parece que desde que descobriram que o rapaz já tem barba, só lhe oferecem papéis de viuvinho e paizinho desgraçado!
Coitadinho do herói! Ou anti-herói, como preferirem... Cobb anda fugido à polícia norte-americana, graças à sua maquiavélica mulher, que o incriminou antes de se suicidar, e por isso não pode regressar para perto dos filhos, que vivem nos EUA. Claro que, de vez em quando, podiam ir estes à Europa ao encontro do pai... Afinal, com um avô a viver em Paris, há sempre a desculpa de levar as crianças à EuroDisney e a Versailles, não?!
Pelo meio,Cobb vai roubando umas ideias... Supostamente, ele é muito bom no que faz, o melhor! No entanto, está constantemente a pôr em risco toda a sua equipa só porque a esposa não o larga durante os sonhos! Também sempre que o vemos em acção, há qualquer coisa que falha... Das duas uma, ou ele não é assim tão bom, ou então, os ladrões de sonhos são uma classe muito fraquinha!
Entretanto, aparece o anjinho da guarda, sob a forma da estranha Ellen Page (Ariadne), que parece uma criancinha cabeçuda, magrinha e com um andar demasiado masculino. Mas pensando melhor, talvez faça sentido! Afinal de contas, costuma dizer-se que os anjos não têm sexo... Neste caso, parece-me que criaram uma versão híbrida de anjo, onde não se percebe muito bem o que aquilo é: uma mulher num corpo de homem, ou um homem de cabelo comprido?... Deixo à vossa consideração.
Quanto à esposa de Cobb, a Mal, julgo que não faz muito sentido a Marion Cotillard aparecer com o mesmo penteado que usava no Public Enemies, um filme histórico, cuja acção decorre nos anos 30. De facto, não se sente grande diferença entre esse papel e este que representa em Inception! Nos dois, usa o mesmo penteado, a mesma maquilhagem, e até as roupas são relativamente parecidas... Podem sempre alegar que tudo o que é Vintage está na moda, e que por isso faz sentido ela dar uns ares às divas do século passado...
Por fim, toda a motivação da história me parece ridícula! Resumindo: é suposto implantarem na cabeça do herdeiro de uma monstruosa fortuna a ideia de dissolver todo o império que o pai construiu. Até aqui tudo bem, é normal que um pai eduque orgulhosamente o seu filho no sentido de este perpetuar os negócios de família da melhor forma. Mas é claro que esta não é uma história normal e por isso, o pai, moribundo, detesta o filho, acha-o fraco e pouco merecedor do seu afecto... Sendo assim, temos um filho despeitado com uma fortuna nas mãos que pode estoirar até ao fim dos dias sem passar qualquer tipo de necessidades, algo que faria com que o paizinho desse muitas voltas no caixão... Posto isto, seria assim tão necessário implantar alguma ideia naquela cabeça? Quanto a mim, julgo que bastaria fazerem-lhe uma boa proposta monetária para adquirir parte das empresas e arruinar-lhe assim o monopólio! Mas assim já não havia blockbuster de Verão, não é verdade?!
Viva a manipulação das massas! É nestes momentos em que dou valor àquelas aulas de Teorias da Comunicação em que parecia um burro a olhar para um palácio! Agora, com o devido distanciamento, compreendo perfeitamente conceitos que me eram tão abstractos como manipulação e persuasão.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
O Ponto de Viragem

terça-feira, 8 de junho de 2010
Sometimes, You just have to go to the cinema with the Girls

quarta-feira, 26 de maio de 2010
QUERO IR PARA NY!!

Who knows?... Como diz a música: "be careful what you wish for 'cause you just might get it"!
terça-feira, 27 de abril de 2010
É tão bom ver bons filmes!

Se há coisa que eu gosto é de ir ao cinema ver um bom filme, e sair de lá a pensar na história, digeri-la, dissecá-la e guardar na memória as partes que me interessam.
Por estes dias fui ver dois bons filmes, que não deverão ficar nas salas muito mais tempo. O primeiro, que vi na quinta-feira passada, foi Alice no País das Maravilhas. Amei, como praticamente todos os filmes do Tim Burton a que assisti. Antes de ir ver, ouvi muitas pessoas queixarem-se de que o filme não trazia nada de novo à história original de Lewis Carroll. E então? Alguém esperava ir ver o Capuchinho Vermelho a fazer de Alice? Além disso, quem diz tal coisa engana-se redondamente: o que esta Alice traz de novo é o imaginário de Tim Burton, e haverá algo mais enriquecedor para uma história?
A magia de Burton está em conseguir fazer com que tudo aquilo pareça um quadro surrealista, mostrando um País das Maravilhas que pouco ou nada tem de maravilhoso, que representa a soma dos medos de Alice: o medo de crescer, de ser adulta, de ter de optar, de ter de deixar para trás os que ama e de não os querer desiludir, de não ter tempo... Será assim tão diferente da nossa realidade? Não vivemos todos nós com os nossos própios medos? Eu revejo-me nesta Alice, no seu medo de não ser capaz, de se sentir minúscula e frágil, ou gigante mas desajeitada. Deixou de ser a criança para quem o mundo dos adultos não fazia qualquer sentido e tornou-se na adulta que quer voltar a ser criança e acreditar que todos os impossíveis podem ser alcançados.
Além disso, temos a possibilidade de ver brilhar mais uma vez Johnny Depp, na pele de Elijah Wood... Ups, na pele do Chapeleiro!! Confesso que li esta comparação numa crítica e achei genial! Considero o Johnny Depp um actor brilhante, e a personagem do Chapeleiro é cativante pela sua integridade, lealdade e doçura, mas aquela falha nos dentes é muito Frodo Baggins...
Por fim, deixo ainda umas palavras sobre a banda sonora: ando a ouvi-la desde quinta-feira até agora e ainda não me cansei! Basta ouvir as músicas para me sentir teletransportada novamente para aquele mundo paralelo.
Por tudo isto vos digo, à semelhança do que li numa outra crítica: “I’ll always pay to see a Tim Burton’s film!”
Quanto ao outro filme que vi, vou deixar-vos na curiosidade... É que agora também não tenho tempo para escrever mais...
The clock is ticking...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Kids versus Adults Day

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Pensem... É Grátis!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
A Estrada - Um filme que ainda estou a digerir...
Fui ver o Avatar, e, digam o que disserem da tecnologia, a história em si é uma treta… Aliás, trata-se, na minha opinião, de uma manta de retalhos que mistura O Abismo com A Guerra das Estrelas, entre muitos outros que fui detectando ao longo da projecção…
O que faz um filme, na minha opinião (repito, para não ser mal interpretada), é a história. E essa é a parte difícil, porque a tecnologia está sempre a evoluir, a cada dia que passa é possível fazer mais e melhor. Mas o argumento permanece no tempo. Talvez seja por isso que os meus filmes preferidos resultam quase todos de adaptações cinematográficas de obras literárias.

Recentemente, fui ver A Estrada, cujo argumento é baseado no livro homónimo de Cormack McCarthy, com o qual venceu o Prémio Pulitzer. E ainda estou a digeri-lo, ao mesmo tempo que cresce a vontade de ler o livro (lá terei eu de ir à FNAC).
Não percebemos o que aconteceu, sabemos apenas que o planeta “morreu”, e com ele praticamente toda a vida terrestre. Sobrevivem alguns humanos, que se tornaram tão frios como o Inverno rigoroso que o cenário nos mostra. Há explosões, perseguições, mortes, torturas, mas nada disso é empolado, como acontece nos grandes blockbusters. Em vez disso, o que vemos é um pai e um filho que lutam todos os dias para se manterem vivos e a salvo, a salvo de tudo: do mau tempo, da fome, da maldade humana ou simplesmente do instinto de sobrevivência das outras poucas pessoas que ainda resistem. E sentimos uma agonia constante, um estado de pânico por sabermos que aquelas duas almas estão condenadas desde o primeiro momento. No entanto, no final somos brindados com uma leve sombra de esperança. Sabemos que não passa disso, mas depois de tanto sofrimento, sempre é melhor do que nada. Se este fosse um blockbuster, os produtores estariam já a pensar numa sequela!
Mas não é. E por isso saímos da sala com a sensação de murro no estômago, e a pensar na vida.
Agora que se fala tanto no sismo no Haiti, é impossível não estabelecer o paralelismo e pensar nas monstruosidades que podem estar a ser cometidas sob a justificação da sobrevivência… E isso não é ficção, literatura ou efeito especial, para aquelas pessoas é a dura realidade.