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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tarde de cinema e fotos de Manhattan

Ontem aproveitei o tempo instável para me enfiar numa sala de cinema. Fui ver 'The Town', escrito, protagonizado e realizado por Ben Affleck. Nada mau para filme de acção! 

E como o céu tinha umas nuvens interessantes, fui tirar umas fotos com a fantástica vista para Manhattan. 

Mais detalhes no blog aMARYcan LIFE

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Salt, ou a super-mulher do século XXI

Quem me conhece, sabe que os meus gostos cinematográficos fogem um pouco à regra... Também por isso, há amigos que gostam de me desafiar a ver filmes que, regra geral, não estão na minha lista de preferências.
Foi assim que na semana passada lá fui ver o Salt... 
Mas se eu não gosto do James Bond, dificilmente iria apreciar esta versão feminina de agente secreto. 
Desde as perseguições de carros, uma das sequências obrigatórias no cinema de acção, às cenas de pancadaria, tudo é extremamente exagerado, como é a norma neste tipo de filmes. Mas confesso que me ri bastante na cena em que Salt está a dar choques eléctricos numa polícia enquanto esta está a "conduzir" um carro, isto explicado de uma forma muito simplista... De facto, é impressionante a criatividade de certos argumentistas! 
São cerca de duas horas de tiros, chapadas, pontapés, russos, americanos, e uma mulher a dar cabo do canastro de quem lhe aparece pela frente... O que é que eu posso dizer mais?... Vê-se bem, e pelo menos não adormeci! A verdade é que é sempre engraçado ver uma mulher a malhar em homens com o dobro da sua largura, e aos três e quatro de cada vez! 
Que venham então as sequelas, porque ficou bem claro que vai ser um filão a explorar! Já estou a imaginar daqui a uns anos a teenager do Twilight, Kristen Stewart, como a sucessora de Angelina Jolie no papel de Salt... Querem apostar? 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

American Pie em versão Cenouras Baby...

Ontem foi um domingo daqueles... Passei o dia em arrumações e limpezas! Logo eu, que gosto tanto das lides domésticas... Lavar roupa, secar roupa, passar roupa, fazer a cama de lavado, limpar a cozinha, limpar a casa-de-banho, aspirar... Enfim, um dia de labuta e sei que ainda ficaram coisas por fazer, como a simples tarefa de limpar o pó! Mas como tempo é implacável, e ainda queria aproveitar um bocadinho do meu domingo, deixei isso para outro dia.
Lá tive então o meu merecido descanso (e aviso que daqui para a frente este texto tem bolinha vermelha no canto superior direito): um jantarinho entre amigos com muita risota, motivada por esse tema fascinante que é o sexo!
Uma das babes que estava no jantar tem sempre histórias hilariantes para contar, mas a melhor parte é quando começa a contar as suas desastrosas experiências com o sexo oposto...
A pobre coitada tem tido "um azar do caraças" e já começa a ficar traumatizada com o facto de só lhe aparecerem gajos muito pouco abonados... 
Enquanto ela contava o último episódio pelo qual passou, só me vinha à memória aquela fase do Sexo e a Cidade em que a Samantha anda com o mesmo problema. 
À semelhança das melhores comédias do género, a história desta babe azarada, que já dava para passar ao cinema numa espécie de American Pie (mas adaptado à versão de cenouras baby), tem o seu clímax no momento em que, depois de uns fortes amassos ela lhe diz que "sim senhor, pode avançar"... 
Até aqui tudo bem, não fosse o facto de ele já ter avançado há algum tempo e ela nem ser ter apercebido... Posto isto, a moral do rapaz caiu (literalmente) por terra!
E ainda dizem que o tamanho não importa...  

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Toy Story 3 - "No Toy Gets Left Behind!"

No domingo fui ver o Toy Story 3. Estava à espera de um bom filme e não saí minimamente decepcionada. Apesar de não ter tido outra opção a não ser a versão em 3D e de ficar com o nariz dorido devido ao peso dos óculos, valeu a pena.
Lembro-me que quando o primeiro filme da saga foi lançado, há 15 anos (como é que é possível?!), foram muitas as vozes que se insurgiram contra o uso daquele tipo de tecnologia nos filmes de animação. Porque não era a mesma coisa, porque os bonecos não eram tão bonitos e perfeitinhos, porque isto e porque aquilo... Confesso que, para mim, nada bate a Bela e o Monstro, a Pequena Sereia ou o Aladin, mas passados 15 anos, este tipo de animação já não me causa qualquer estranheza e a consagração, na minha opinião, deu-se com Nemo, um dos filmes mais amados por miúdos e graúdos.
Neste terceiro e último filme da saga Toy Story, encontramos os mesmos valores da velhinha Disney: a amizade, a lealdade, o perdão, o respeito pelo próximo, o amor verdadeiro. É bom ver que, apesar de toda a tecnologia desenvolvida, a essência das histórias se mantém, deixando às crianças de hoje as mensagens que eu encontrei nos meus filmes de animação favoritos.
Assim como o Andy, também nós, que acompanhámos a trilogia, hoje adultos, nos revemos naquela personagem, que tem de abrir mão dos seus maiores tesouros.
Sim, não tenho qualquer problema em assumir que adorei e estimei todos os meus brinquedos e que ainda se me parte o coração de cada vez que os vejo "assassinados" pelos meus sobrinhos.
A minha casa dos Pinipons, por exemplo, já sem tecto, sem flores, sem baloiço, é hoje um mero esqueleto do que foi nos seus tempos áureos, em que eu brincava com ela de manhã à noite... Mas pelo menos continua a ter uso. Talvez para os meus sobrinhos não seja a casa velha que eu vejo, talvez continue, aos seus olhos, a ser a casa de sonho dos Pinipons.
É por isso que acredito que, tal como no Toy Story 3, os brinquedos têm a vida que lhes damos, e nenhum fica para trás!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inception: a arte de manipular as massas

"What is the most resilient parasite? An Idea!"

Sim, ontem fui ver o Inception, esse filme endeusado de que toda a gente parece gostar mas sem me conseguir explicar porquê...

Eu sei o porquê! É porque a única coisa coerente no meio de 143 minutos de filme é o conceito de que “uma ideia é o parasita mais resistente que existe!”. Aí reside a ironia deste filme: é que de facto, a máquina cinematográfica americana, aquela que produz blockbusters como o Titanic e o Avatar, conseguiu manipular o público, incutindo-lhe a ideia de que este é um bom filme... Uns hão-de defender que tem uns excelentes efeitos especiais, não deixa de ser verdade, mas não é isso que faz um bom filme... Outros irão salientar a qualidade do elenco, que, a meu ver, apesar dos nomes sonantes, a qualidade deixa um pouco a desejar... Há ainda quem considere a história genial e muito original, o que é totalmente questionável...

Confesso que, para mim, Inception não passou de um grande flop! Muita parra e pouca uva! Muitos efeitos para uma história tão pobre e mal contada... Pareceu-me uma reinvenção de Matrix, em que até arranjaram um actor que dá uns ares ao Keanu Reeves, falo do Joseph Gordon-Levitt (Arthur), de quem me lembro, ainda miúdo, na sitcom O 3º Calhau a contar do Sol.

Saí de lá a pensar nesse grande filme que é o Heat – Cidade sob Pressão, com o Al Pacino na pele de polícia e o Robert De Niro na de bandido. Um bandido a sério, daqueles que faz do crime o seu full-time job. Isso sim, é uma personagem forte e marcante. Teria sido mais enriquecedor ter um protagonista assim: frio, calculista, ambicioso, que se esforça por ser o melhor e mais profissional naquilo que faz, mesmo que isso seja um crime.

Mas em vez disso, vemos o Leonardo DiCaprio (Cobb) como um pobre coitado, que teve o azar de arranjar uma mulher maluca, que lhe deu cabo da vida e da sanidade mental... Onde é que eu já vi isto? Ah, já sei! Foi no Shutter Island, essa também grande banhada cinematrográfica! Esperem lá que ainda me faz lembrar mais qualquer coisa... Hum... Deixem-me pensar... É isso mesmo: Revolutionary Road, esse sim, um filme com um argumento credível! Parece que desde que descobriram que o rapaz já tem barba, só lhe oferecem papéis de viuvinho e paizinho desgraçado!

Coitadinho do herói! Ou anti-herói, como preferirem... Cobb anda fugido à polícia norte-americana, graças à sua maquiavélica mulher, que o incriminou antes de se suicidar, e por isso não pode regressar para perto dos filhos, que vivem nos EUA. Claro que, de vez em quando, podiam ir estes à Europa ao encontro do pai... Afinal, com um avô a viver em Paris, há sempre a desculpa de levar as crianças à EuroDisney e a Versailles, não?!

Pelo meio,Cobb vai roubando umas ideias... Supostamente, ele é muito bom no que faz, o melhor! No entanto, está constantemente a pôr em risco toda a sua equipa só porque a esposa não o larga durante os sonhos! Também sempre que o vemos em acção, há qualquer coisa que falha... Das duas uma, ou ele não é assim tão bom, ou então, os ladrões de sonhos são uma classe muito fraquinha!

Entretanto, aparece o anjinho da guarda, sob a forma da estranha Ellen Page (Ariadne), que parece uma criancinha cabeçuda, magrinha e com um andar demasiado masculino. Mas pensando melhor, talvez faça sentido! Afinal de contas, costuma dizer-se que os anjos não têm sexo... Neste caso, parece-me que criaram uma versão híbrida de anjo, onde não se percebe muito bem o que aquilo é: uma mulher num corpo de homem, ou um homem de cabelo comprido?... Deixo à vossa consideração.

Quanto à esposa de Cobb, a Mal, julgo que não faz muito sentido a Marion Cotillard aparecer com o mesmo penteado que usava no Public Enemies, um filme histórico, cuja acção decorre nos anos 30. De facto, não se sente grande diferença entre esse papel e este que representa em Inception! Nos dois, usa o mesmo penteado, a mesma maquilhagem, e até as roupas são relativamente parecidas... Podem sempre alegar que tudo o que é Vintage está na moda, e que por isso faz sentido ela dar uns ares às divas do século passado...

Por fim, toda a motivação da história me parece ridícula! Resumindo: é suposto implantarem na cabeça do herdeiro de uma monstruosa fortuna a ideia de dissolver todo o império que o pai construiu. Até aqui tudo bem, é normal que um pai eduque orgulhosamente o seu filho no sentido de este perpetuar os negócios de família da melhor forma. Mas é claro que esta não é uma história normal e por isso, o pai, moribundo, detesta o filho, acha-o fraco e pouco merecedor do seu afecto... Sendo assim, temos um filho despeitado com uma fortuna nas mãos que pode estoirar até ao fim dos dias sem passar qualquer tipo de necessidades, algo que faria com que o paizinho desse muitas voltas no caixão... Posto isto, seria assim tão necessário implantar alguma ideia naquela cabeça? Quanto a mim, julgo que bastaria fazerem-lhe uma boa proposta monetária para adquirir parte das empresas e arruinar-lhe assim o monopólio! Mas assim já não havia blockbuster de Verão, não é verdade?!

Viva a manipulação das massas! É nestes momentos em que dou valor àquelas aulas de Teorias da Comunicação em que parecia um burro a olhar para um palácio! Agora, com o devido distanciamento, compreendo perfeitamente conceitos que me eram tão abstractos como manipulação e persuasão.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Ponto de Viragem

ALICE
Porque é que fizeste isto?

ANNA
Eu apaixonei-me por ele, Alice.

ALICE
Isso é a frase mais estúpida que há no mundo. "Apaixonei-me". Como se não pudesses fazer nada contra isso. Há um momento, há sempre um momento em que nós podemos fazer qualquer coisa, podemos ceder ou podemos resistir. Não sei quando é que isso aconteceu contigo, mas aposto que aconteceu.

ANNA
Sim, aconteceu.

Este diálogo entre duas mulheres, a primeira traída pelo namorado com a segunda, foi retirado da peça de teatro Closer, escrita por Patrick Marber.
Foi o último livro que li, acabei de lê-lo hoje de manhã, no comboio. Comprei-o este ano, na Feira do Livro, na banca de um alfarrabista.
Levado ao cinema, com a Natalie Portman no papel de Alice, Julia Roberts como Anna, Jude Law na pele de Dan e Clive Owen interpretando Larry, Closer foi um filme quem me marcou e que ainda hoje vejo com o mesmo interesse. Está, provavelmente, na minha lista "Top 10" de filmes (ora aí está uma lista que ainda não fiz...). Gosto sobretudo pela densidade e realismo das personagens, as suas vidas banais, semelhantes às nossas, os mesmos medos e angústias. Gosto porque nos coloca em confronto com o nosso próprio interior, com aquilo que somos, o que queremos e o que estamos dispostos a fazer para o alcançar, neste caso concreto no universo dos relacionamentos amorosos.
Esta cena entre Alice e Anna é tão crua. Eu própria penso assim, revejo-me naquelas palavras: "há sempre um momento em que podemos fazer qualquer coisa". É verdade! Há sempre um ponto de viragem, todos nós o sabemos, cá dentro. E quem não sabe, é porque ainda não se descobriu, não se conhece...
Em todos os meus relacionamentos, ou nos que nem chegaram a existir, houve sempre esse momento, em que nos atiramos ou não para o abismo. Acho que me lembro de todos eles (também não foram assim tantos!). Lembro-me das vezes em que avancei e apaixonei-me e de outras em que dei o passo atrás.
Acredito que sim, que há sempre escolha, não somos inocentes e é bom que saibamos o que queremos, porque os erros pagam-se caro e com a pior das moedas, o sofrimento.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sometimes, You just have to go to the cinema with the Girls

Cheguei agora a casa, depois de ter ido finalmente ver O Sexo e a Cidade 2, com as Babes! Eramos nove, o que me deixa bastante orgulhosa, já que qualquer evento que reuna mais de 5 amigas já me parece um feito histórico!
Isto porque nós mulheres somos um bocado totós e abdicamos das coisas boas da vida vá-se lá saber porquê...
Para as mulheres que me lêem, deixo uma mensagem: lembrem-se de que a vida não é só marido ou namorado ou companheiro, ou mesmo filhos... Pensem na quantidade de vezes que as vossas caras-metades vão jogar à bola ou ao futebol ou simplesmente beber umas imperiais com os amigos. Há algum problema nisso? Eu não vejo nenhum... Então porque é que não nos permitimos fazer o mesmo? Será que a mulher é um ser que gosta por natureza de se anular? Será que é por isso que os homens sempre nos levaram a melhor? Talvez a explicação seja de facto genética, porque eu não vejo mais nenhuma!
Toda a gente gosta de se divertir, certo? Então porque é que nos negamos a nós próprias estes simples momentos de alegria, de partilha, de convívio?
Talvez seja porque depois gostamos de cobrar a factura, atirando-lhes à cara que foram ao futebol com os amigos, por isso também têm de ir ao shopping connosco. Confesso que nesse campo, já desisti. É que eu e o meu Mr. Big não nos entendemos muito bem quando andamos juntos às compras, pelo menos se estivermos a comprar coisas para mim!
Voltando ao tema principal, o que vemos neste Sex and the City são as quatro amigas de novo unidas, e apesar de nunca ter percebido na série como é que elas conseguiam ir tomar brunch juntas todos os fins-de-semana (não acredito que haja qualquer grupo de quatro amigas que o faça com tal regularidade, corrijam-me se estiver enganada!), sempre as admirei por isso, por terem essa disponibilidade de tempo umas para as outras, é um grande exemplo para todas nós que nos queixamos da constante correria em que vivemos.
Mas se deixamos os amigos para trás, então andamos a correr atrás de quê? Qual é o gozo de cortar a meta e atingir a glória se o tivermos de fazer sozinhos?
A verdade é que os namorados vão e vêm (espero que desta vez não seja esse o meu caso...), os relacionamentos a que tanto nos dedicamos correm sempre o risco de ter um termo. Já as amizades, se forem verdadeiras, cultivadas, apreciadas e valorizadas, duram para sempre!
Por isso, minhas amigas, muito obrigada pela noite, foi pena não haver mais tempo para tagarelarmos...
Tenho muita pena pelas que não puderam ir, mas espero que depois desta haja muitas outras oportunidades!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

QUERO IR PARA NY!!

SIM!!!
QUERO IR PARA NOVA IORQUE!!!
Num momento em que tanto fala sobre o Sexo e a Cidade 2, com o Empire State of Mind de Alicia Keys à mistura, e com o meu "Mr. Big" Multitask Top 10 Boyfriend por aquelas bandas, a Big Apple não podia ser mais tentadora!

Who knows?... Como diz a música: "be careful what you wish for 'cause you just might get it"!

terça-feira, 27 de abril de 2010

É tão bom ver bons filmes!

Se há coisa que eu gosto é de ir ao cinema ver um bom filme, e sair de lá a pensar na história, digeri-la, dissecá-la e guardar na memória as partes que me interessam.

Por estes dias fui ver dois bons filmes, que não deverão ficar nas salas muito mais tempo. O primeiro, que vi na quinta-feira passada, foi Alice no País das Maravilhas. Amei, como praticamente todos os filmes do Tim Burton a que assisti. Antes de ir ver, ouvi muitas pessoas queixarem-se de que o filme não trazia nada de novo à história original de Lewis Carroll. E então? Alguém esperava ir ver o Capuchinho Vermelho a fazer de Alice? Além disso, quem diz tal coisa engana-se redondamente: o que esta Alice traz de novo é o imaginário de Tim Burton, e haverá algo mais enriquecedor para uma história?

A magia de Burton está em conseguir fazer com que tudo aquilo pareça um quadro surrealista, mostrando um País das Maravilhas que pouco ou nada tem de maravilhoso, que representa a soma dos medos de Alice: o medo de crescer, de ser adulta, de ter de optar, de ter de deixar para trás os que ama e de não os querer desiludir, de não ter tempo... Será assim tão diferente da nossa realidade? Não vivemos todos nós com os nossos própios medos? Eu revejo-me nesta Alice, no seu medo de não ser capaz, de se sentir minúscula e frágil, ou gigante mas desajeitada. Deixou de ser a criança para quem o mundo dos adultos não fazia qualquer sentido e tornou-se na adulta que quer voltar a ser criança e acreditar que todos os impossíveis podem ser alcançados.

Além disso, temos a possibilidade de ver brilhar mais uma vez Johnny Depp, na pele de Elijah Wood... Ups, na pele do Chapeleiro!! Confesso que li esta comparação numa crítica e achei genial! Considero o Johnny Depp um actor brilhante, e a personagem do Chapeleiro é cativante pela sua integridade, lealdade e doçura, mas aquela falha nos dentes é muito Frodo Baggins...

Por fim, deixo ainda umas palavras sobre a banda sonora: ando a ouvi-la desde quinta-feira até agora e ainda não me cansei! Basta ouvir as músicas para me sentir teletransportada novamente para aquele mundo paralelo.

Por tudo isto vos digo, à semelhança do que li numa outra crítica: “I’ll always pay to see a Tim Burton’s film!”

Quanto ao outro filme que vi, vou deixar-vos na curiosidade... É que agora também não tenho tempo para escrever mais...

The clock is ticking...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Kids versus Adults Day

Neste sábado deixámo-nos levar por aquele lado infantil que todos nós temos (confesso que o meu é bastante pronunciado, deve ser do excesso de mimo, admito), ainda que com uns toques "grown-up".
Entre as muitas exposições que estão espalhadas um pouco por toda a Lisboa e arredores escolhemos (eu escolhi...) ir ver a Ilustrarte, uma mostra de ilustração infantil que está no Museu da Electricidade.
Agora entra a parte "grown-up", ou simplesmente parva... É que, como estavamos cheios de sede, passámos antes pelo bar e, apesar de serem cinco da tarde achámos interessante beber um cocktailzito em vez da simples águinha ou do inofensivo suminho... Vai daí, serviram-me um Long Island Ice Tea (uma espécie de chá das cinco cosmopolita, pensei eu), que chá frio não tinha muito! Mas bebia-se muito bem...
Depois de matarmos a sede (e os micróbios, tal era a quantidade de álcool naqueles copos!), lá fomos para a exposição, e aquilo até foi bem divertido! Ocorreram-nos inúmeras ideias de histórias infantis, estavamos inspiradíssimos!
Quando saímos, pensámos; "Bom, está na hora de nos comportarmos como adultos, e para isso, o melhor é ir encher o estômago com comidinha!". Fomos então ao À Margem, que fica ali na zona e tem umas torradinhas com doce que são as melhores que eu já alguma vez comi, e se eu gosto de torradas! Também pedimos uma bela "sande" catalana, igualmente deliciosa! E para adoçar a boca e relembrar meninices, teminámos com café e brigadeiro (um para os dois, claro).
À noite, depois de nos aventurarmos em mais um restaurante recomendado pela Time Out (desta vez saímos um pouco desiludidos), ainda pensámos ir a qualquer lado, mas chovia tanto! Só para chegarmos ao carro ficámos encharcados.

Assim sendo, acabámos por ir buscar um filminho ao clube. Ora, para terminar em beleza o nosso kids vs. adults day, optámos por um filme de animação... Mas não um qualquer! O escolhido foi Coraline, a história bastante spooky de uma menina que vive numa casa assombrada, com direito a bonecas vudu e bichos nojentos!
Um conselho, se tiverem crianças pequenas na família não as deixem ver, ou vão causar danos irreversíveis nas suas cabeças! Eu que o diga: os meus traumas com tubarões são o resultado de ter visto o dito filme quando tinha cerca de seis anos de idade...
E posto isto, bons sonhos!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pensem... É Grátis!

Cheguei agora do cinema.

Adivinhem o que fui ver: Nas Nuvens... Nem de propósito!
Agora que tenho pela frente um mês e meio de trabalho desmotivador, o masoquismo atinge o seu auge, quando me vejo a pagar um bilhete de cinema para ser mais uma vez confrontada com a realidade.

Enfim... Eu gosto muito de dramas, sobretudo se forem realistas, e este é...
Vemos uma jovem recém-licenciada ansiosa por brilhar no mundo do trabalho, mas sem qualquer noção do que isso é. Vai daí, inventa uma forma de minimizar os custos da sua empresa, especializada em despedimentos: fazê-los por vídeo-chamada!

O mais irónico é que a empresa implementa esta estratégia na sua fase mais lucrativa de sempre! Ou não estivessemos nós em plena crise económica, a mais utilizada desculpa dos tempos recentes para despedir pessoas (eu que o diga!).
Assim, não só têm um aumento de receitas devido à maior quantidade de trabalho, como poupam nas viagens dos seus colaboradores, mensageiros de infortúnio.

O mais interessante, na minha opinião, é ver como a realidade influencia a arte, neste caso, a sétima arte. Falei-vos há dias d'A Estrada, um filme bizarro sobre o preço que podemos pagar pelo nosso actual estilo de vida consumista. Nas Nuvens revela uma situação económica assustadora, que já atirou para o desemprego milhares de pessoas em todo o mundo. O Sítio das Coisas Selvagens é todo ele simbolismo à volta da solidão em que vivem as crianças e a forma como isso as afecta.

E deve haver por aí muitos outros filmes que reflectem implícita ou explicitamente o que é a actualidade, mesmo aqueles que não a abordam, como é o caso de Ágora. Muitos acusaram-no de atacar a religião Católica, mas a verdade é que a sociedade está cada vez mais distante da Igreja e próxima da Ciência. Provavelmente, nunca houve tantas questões por responder como hoje em dia, uma era em que, supostamente, já tanto se sabe.

E até Avatar, com tantos efeitos especiais mas com tão fraca essência, não revela mais do que aquilo em que nos estamos a tornar: muita parra e pouca uva!

Ir ao cinema pode ser uma experiência muito mais rica do que simples entretenimento, basta pensar!

Por isso pensem! É grátis! Ao contrário do cinema...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Estrada - Um filme que ainda estou a digerir...

Os filmes repletos de efeitos especiais não são a minha onda.

Fui ver o Avatar, e, digam o que disserem da tecnologia, a história em si é uma treta… Aliás, trata-se, na minha opinião, de uma manta de retalhos que mistura O Abismo com A Guerra das Estrelas, entre muitos outros que fui detectando ao longo da projecção…


O que faz um filme, na minha opinião (repito, para não ser mal interpretada), é a história. E essa é a parte difícil, porque a tecnologia está sempre a evoluir, a cada dia que passa é possível fazer mais e melhor. Mas o argumento permanece no tempo. Talvez seja por isso que os meus filmes preferidos resultam quase todos de adaptações cinematográficas de obras literárias.


Recentemente, fui ver A Estrada, cujo argumento é baseado no livro homónimo de Cormack McCarthy, com o qual venceu o Prémio Pulitzer. E ainda estou a digeri-lo, ao mesmo tempo que cresce a vontade de ler o livro (lá terei eu de ir à FNAC).


Não percebemos o que aconteceu, sabemos apenas que o planeta “morreu”, e com ele praticamente toda a vida terrestre. Sobrevivem alguns humanos, que se tornaram tão frios como o Inverno rigoroso que o cenário nos mostra. Há explosões, perseguições, mortes, torturas, mas nada disso é empolado, como acontece nos grandes blockbusters. Em vez disso, o que vemos é um pai e um filho que lutam todos os dias para se manterem vivos e a salvo, a salvo de tudo: do mau tempo, da fome, da maldade humana ou simplesmente do instinto de sobrevivência das outras poucas pessoas que ainda resistem. E sentimos uma agonia constante, um estado de pânico por sabermos que aquelas duas almas estão condenadas desde o primeiro momento. No entanto, no final somos brindados com uma leve sombra de esperança. Sabemos que não passa disso, mas depois de tanto sofrimento, sempre é melhor do que nada. Se este fosse um blockbuster, os produtores estariam já a pensar numa sequela!


Mas não é. E por isso saímos da sala com a sensação de murro no estômago, e a pensar na vida.


Agora que se fala tanto no sismo no Haiti, é impossível não estabelecer o paralelismo e pensar nas monstruosidades que podem estar a ser cometidas sob a justificação da sobrevivência… E isso não é ficção, literatura ou efeito especial, para aquelas pessoas é a dura realidade.